Arqueólogos turcos encontram capacete e escudos de quase 3 mil anos

Recentemente, arqueólogos da Turquia trouxeram à luz um conjunto de artefatos de grande significância histórica. Um capacete e três escudos de bronze, datados de 2,7 mil anos, foram encontrados nas ruínas do Castelo de Ayanis.

Essa descoberta remonta ao período do Reino de Urartu, famoso por sua força militar e descobertas excepcionais na área da metalurgia.

O Ministro da Cultura e Turismo da Turquia, Mehmet Ersoy, anunciou a descoberta em suas redes sociais, destacando o valor histórico dos itens.

Especialistas acreditam que esses artefatos tenham sido deixados como oferendas ao deus da guerra dos urartianos, Haldi, evidenciando a ligação religiosa e cultural da civilização.

A importância dos achados

Castelos de Ayanis – Imagem: Kenan Talas/iStock/reprodução

Os itens encontrados no complexo de templos do castelo destacam a rica herança do Reino de Urartu. Construído entre os séculos IX e VI a.C., o Castelo de Ayanis representa um importante sítio arqueológico da Turquia.

As oferendas a Haldi, como provavelmente eram os artefatos descobertos, refletem a devoção dos urartianos à sua divindade principal e revelam aspectos culturais e espirituais desta antiga civilização.

O Castelo de Ayanis já havia sido palco de descobertas notáveis no passado. Paul Zimansky, professor de história que conduziu escavações no local entre 1997 e 2009, aponta que peças semelhantes já foram encontradas, incluindo um escudo adornado com a cabeça de um leão em 1997.

Novas descobertas podem estar a caminho

As escavações em Ayanis continuam sob a liderança de Mehmet Isikli, professor de Arqueologia da Universidade Ataturk, o que aumenta a expectativa de que novas descobertas possam emergir, ampliando ainda mais a compreensão sobre o Reino de Urartu.

Cada artefato descoberto não apenas oferece uma visão do passado, mas também destaca a importância contínua da investigação arqueológica na região, uma vez que a cultura dos urartianos impactou a formação da atual cultura turca, enriquecida na época do Império Otomano.