Morar próximo a torres de celular é prejudicial à saúde?
Especialistas explicam o impacto das antenas de celular na saúde, dissipando mitos sobre a radiação emitida por elas.
O debate sobre os efeitos das antenas de celular na saúde persiste, causando preocupação entre alguns e indiferença em outros.
A questão central é a possibilidade de que a radiação dessas antenas seja capaz de causar doenças como o câncer. Mas será que há fundamento científico nessas preocupações?
Para compreender melhor o tema, é necessário conhecer a opinião de especialistas capazes de desvendar os mitos sobre a radiação emitida por antenas de celular.
Antenas usadas para dispersar o sinal de celular têm causado preocupação na população – Imagem: reprodução
Diferença entre as radiações
Segundo o oncologista clínico Luís Eduardo Zucca, a compreensão dos diferentes tipos de radiação é essencial para entender tais questionamentos.
Existem dois tipos principais de radiações eletromagnéticas: a ionizante e a não ionizante. A radiação não ionizante, como a emitida por celulares, tem baixa energia. Já a ionizante, como os raios X, pode danificar o DNA e causar câncer.
Radiação não ionizante: segurança comprovada
Conforme explicou o oncologista clínico Luís Eduardo Zucca e também o engenheiro elétrico José Roberto Soares, a radiação das antenas de celulares é do tipo não ionizante.
Esse tipo de radiação não tem potencial algum de causar tumores em pessoas que vivem próximas a essas instalações.
O único efeito observado da radiação não ionizante é o aumento de temperatura na área de contato, semelhante ao funcionamento dos micro-ondas. Assim, o uso do celular consegue aumentar o calor local, mas não há risco de câncer.
Normas e regulamentações para instalação de antenas
Segundo Antonio Carlos Gianoto, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), não há estudos que comprovem danos à saúde humana causados por antenas de celulares.
Há, no entanto, diretrizes nacionais e internacionais para a instalação adequada dessas antenas.
“Existem recomendações com relação ao local de instalação, altura da torre e posicionamento das antenas baseadas em normas brasileiras e internacionais”, explica o professor.
*Com informações do portal IG.
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