O que são esses estranhos objetos espaciais? Nem a NASA sabe responder
Cometas escuros identificados pela NASA desafiam entendimento científico atual.
Cientistas da NASA estão intrigados com a descoberta de objetos espaciais enigmáticos, batizados de “cometas escuros”. Esses corpos celestes, que se movem como cometas, mas se assemelham mais a asteroides, foram observados acelerando de forma anômala pelo espaço.
Assim, a descoberta recente de sete novos exemplares destes acendeu o debate científico sobre suas características e origens.
A primeira menção a um cometa escuro ocorreu há menos de dois anos. Desde então, outros seis objetos semelhantes foram identificados, o que culminou na descoberta dos novos sete, conforme publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
As observações iniciais começaram com o asteroide 2003 RM, que apresentou um desvio inesperado de sua órbita, sem características típicas.
O cientista Davide Farnocchia, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, destacou a dificuldade em determinar a natureza desses corpos celestes.
Mesmo ao procurar sinais típicos de cometas, como caudas, os pesquisadores não obtiveram sucesso. Assim, o termo “cometa escuro” foi adotado para descrever esses objetos misteriosos.
Cometa que cruzou o céu da Indonésia em 2024 – Imagem: reprodução/iStock
Descobertas adicionais aumentam o mistério
Em 2017, a NASA documentou o primeiro objeto celeste originado de fora do sistema solar, o ‘Oumuamua, um astro que também apresentou comportamentos intrigantes.
Sua trajetória foi influenciada pela liberação de material volátil da própria superfície, semelhante a do 2003 RM, o que desafia ainda mais o entendimento dos cientistas.
O estudo de Darryl Seligman, da Michigan State University, destacou a curiosidade em torno desses cometas. A análise detalhada de suas propriedades levou à classificação de dois tipos distintos de cometas escuros, diferenciados por suas órbitas e tamanhos.
Veja a classificação dos cometas escuros.
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Cometas escuros externos: semelhantes aos cometas da família de Júpiter, estes apresentam órbitas elípticas e diâmetros de centenas de metros;
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Cometas escuros internos: com órbitas quase circulares, são menores e lembram os planetas internos do sistema solar.
O estudo das origens desses astros escuros e de suas características ainda está em andamento. Os cientistas buscam entender o que provoca a aceleração singular e se tais objetos podem conter gelo.
Dessa maneira, o mistério em torno dos cometas escuros entra em conflito com o conhecimento atual e ainda intriga a comunidade científica.
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