Senai e Huawei oferecerão cursos técnicos de 5G para 2.000 jovens
Foco principal de formações profissionais será em "geração nem-nem".
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a empresa chinesa Huawei formalizaram um termo de cooperação tecnológica para capacitar mão de obra especializada atrelada ao 5G. Com o intuito de qualificar 2 mil alunos até o final deste ano, serão oferecidos cursos a distância e presenciais nos mais diversos campos.
As formações serão nas áreas de Fiber To The Home (FTTH), ou fibra ótica, inteligência artificial e cloud computing, redes 5G e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC’s).
E é importante mencionar que as qualificações não terão pré-requisitos de formação.
Alta demanda
Na perspectiva das entidades, com ausência da mão de obra qualificada o país não conseguirá enfrentar uma transformação digital completa, desfrutando das potencialidades do 5G.
“Hoje existe um gap no mercado de profissionais capacitados para atuar na instalação de fibra óptica, utilizados para cobrir demanda de banda larga fixa. Com as novas redes 5G, esta demanda tende a aumentar”, disse o diretor de Relações Públicas e Governamentais da Huawei, Bruno Zitnick, por meio de nota.
Jovens como principal público-alvo
Os cursos possuem como público-alvo a “geração nem-nem”, que abrange jovens que não estudam e não trabalham.
A princípio, três laboratórios de instalação e manutenção de fibra óptica em Brasília (DF), Palmas (TO) e Salvador (BA) disponibilizarão cursos gratuitos para turmas de 20 alunos cada. O primeiro contará com 60 vagas, as inscrições devem ser feitas no site.
De acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social, em um maior número já visto, a população na faixa etária de 20 a 24 anos que não trabalha nem estuda avançou de 28,6% no último trimestre de 2019 para 35,2% no segundo trimestre de 2020. No caso dos brasileiros com idade entre 25 e 29 anos, o crescimento foi de 25,5% para 33%.
O Senai destaca que informações estimadas pelo governo indicam a geração potencial de 200 mil postos de trabalho com a implementação do 5G no Brasil.
O diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, explica que a indústria deve ser o primeiro setor econômico a ser beneficiado pelo 5G. “Teremos uma transformação do chão de fábrica ao escritório, com máquinas e equipamentos conectados e novas funções, mas, antes disso, é preciso garantir a infraestrutura da rede”, disse Lucchesi.
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