A gramática permite colocar vírgula depois do "e"? Entenda a explicação

A vírgula, um dos sinais de pontuação mais comuns e essenciais na língua portuguesa, desempenha um papel fundamental na organização e clareza das ideias em um texto.

Sua função principal é separar elementos dentro de uma frase, permitindo uma leitura fluente e compreensível. No entanto, a utilização da vírgula nem sempre é tão simples quanto parece, e um dos pontos que frequentemente gera dúvidas e debates é o seu uso em relação à conjunção “e”.

Em muitas situações, é preciso decidir se a vírgula deve ser colocada antes ou depois do “e”, o que pode confundir até mesmo os falantes nativos da língua.

Entenda o que diz a gramática acerca do uso desta regra e se podemos aplicá-la em diferentes momentos.

O uso da vírgula depois do “e”

Apesar de gerar muitas dúvidas, é correto afirmar que é possível utilizar a vírgula depois do “e” em determinadas situações.

Tradicionalmente, aprende-se desde a alfabetização que a conjunção “e” e a vírgula não devem aparecer juntas, visto que ambos têm a função de conectar elementos na frase.

Como em diversas outras situações da língua portuguesa, existem casos específicos em que essa combinação é necessária.

Geralmente, a vírgula após a conjunção “e” é utilizada para separar expressões deslocadas ou intercaladas. Essa utilização da vírgula tem um efeito estético, sendo opcional.

Essa ênfase é particularmente útil para ideias que interrompem o fluxo natural de uma frase, destacando-as. Vejamos um exemplo:

“O livro é longo, e, portanto, requer um comprometimento maior por parte do leitor”.

Nesse exemplo, a vírgula após o “e” serve para destacar ou enfatizar uma informação adicional que interrompe o curso normal da frase, proporcionando uma pausa e direcionando a atenção do leitor para essa informação específica.

Embora seja uma construção menos comum, é importante reconhecer que essa utilização da vírgula após o “e” é aceitável em contextos adequados.