A partir de qual idade somos considerados 'velhos'?

Quando alguém realmente cruza a linha para a velhice é uma questão complexa que tem intrigado a humanidade há séculos.

Em diferentes culturas e ao longo da história, a definição de quem é considerado “velho” tem variado amplamente, muitas vezes baseando-se em critérios subjetivos e sociais.

Seguindo esta linha de raciocínio, um estudo recente publicado na revista _Nature Medicine_, conduzido por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelou o que delimita a juventude e a velhice.

O estudo abordou a questão fundamental sobre quando o relógio biológico de uma pessoa começa a acelerar, marcando assim o início da velhice.

Quando chega o momento da velhice?

Ao analisar uma amostra significativa de mais de 4 mil pessoas, os pesquisadores identificaram sinais internos de envelhecimento que precedem os sinais visíveis, como danos à pele e perda de memória.

Existe momento em que alguém pode ser considerado “velho” não apenas externamente, mas também em termos de seu estado de saúde e bem-estar geral.

Baseado nos resultados do estudo conduzido por cientistas de Stanford, o processo de envelhecimento parece estar intimamente ligado a alterações nas proteínas presentes no sangue.

Os pesquisadores identificaram que a diminuição das proteínas está correlacionada com mudanças significativas na condição física das pessoas.

Tony Wyss-Coray, autor do artigo e participante da pesquisa, explicou que as proteínas desempenham um papel crucial no funcionamento das células do corpo e que, quando seus níveis começam a diminuir, isso indica mudanças no organismo.

Segundo o estudo, a partir dos 34 anos, as pessoas começam a apresentar alterações físicas que indicam o início do processo de envelhecimento.

Com base nesses dados, os cientistas dividiram o processo de envelhecimento em três etapas distintas: idade adulta, que vai dos 34 aos 60 anos; maturidade tardia, dos 60 aos 78 anos; e velhice, a partir dos 78 anos.

Em cada uma dessas fases, observou-se uma diminuição gradual das proteínas, chegando ao ponto em que algumas delas deixam de ser produzidas.