A partir de quantos anos podemos considerar uma pessoa como adolescente?
A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a vida adulta, sendo um importante processo para estabelecer a maturidade de uma pessoa.
O período da adolescência é objeto de diferentes conceitos e classificações, podendo variar entre as definições.
Segundo o psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura, um membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e presidente do Comitê de Adolescência da Associação Paulista de Medicina (APM), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divide esse período em três fases:
- Pré-adolescência (dos 10 aos 14 anos);
- Adolescência (dos 15 aos 19 anos);
- Juventude (até os 24 anos).
Porém, de acordo com a OMS, a adolescência abrange a faixa etária dos 10 aos 24 anos.
(Imagem: divulgação)
Por outro lado, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) classifica como adolescentes aqueles que têm entre 12 e 18 anos. Mas então, qual é o período correto?
Conforme a perspectiva da pediatra Andréa Hercowitz, integrante do Departamento de Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), é comum que as pessoas confundam a adolescência com a puberdade.
Ela esclarece que a adolescência contempla todos os indivíduos em uma faixa etária específica, enquanto a puberdade refere-se às transformações físicas que ocorrem durante a adolescência, representando alterações biológicas no corpo, decorrentes do aumento dos níveis de hormônios sexuais.
O papel dos responsáveis nessa fase transitória
Ainda segundo a orientação da pediatra Andréa Hercowitz, é crucial que pais, responsáveis e familiares reconheçam que as mudanças presentes na adolescência são parte natural do crescimento.
Ela destaca que abandonar gradualmente o comportamento infantilizado é uma necessidade para a transição à idade adulta.
Embora tal transformação possa ser desafiadora para os pais, é importante perceber que não estão “perdendo” seus filhos, mas sim testemunhando o início de um emocionante percurso, desde que seja apoiado com carinho.
Os responsáveis devem estar cientes do momento, permitindo que seus filhos cresçam e se desenvolvam, e oferecer apoio nos momentos de frustração em que são procurados. O processo pode ser gratificante ao ver os filhos trilhando o próprio caminho.
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