A Ucrânia e o Setor de Segurança e Serviços Militares privado
Serviços do setor de Segurança privada visam auxiliar na evacuação ou outros trabalhos estratégicos. Confira aqui!
Evidentemente, sem sombra de dúvidas, o conflito no leste europeu é um tanto desleal. As tropas russas e o poder militar de Putin são extremamente maiores do que o poder bélico da Ucrânia. Porém, algumas empresas privadas ao redor do mundo estão intermediando a contratação de ex-soldados e veteranos experientes em guerras para missões na Ucrânia.
À vista disso, é importante salientar que esses serviços não são para efetivamente lutar na guerra, mas para auxiliar na evacuação ou outros trabalhos estratégicos. Nesse sentido, muitas dessas missões são para resgate de pessoas que estão na Ucrânia em meio à guerra, os clientes são desde civis mais ricos a famílias inteiras ou pessoas politicamente expostas, incluindo com órgãos ligados a governos tentando evacuar cidadãos de seus países.
De acordo com o especialista em empresas militares privadas, Robert Young Pelton, existe uma procura grande por serviços na Ucrânia neste ramo. De acordo com ele, profissionais estão sendo recrutados por valores entre US$30 mil e até US$6 milhões. O serviço é mais caro se as famílias querem partir levando seus bens.
Não obstante, essa não é a primeira vez que o setor de segurança e serviços militares privados está sendo utilizado. Esse setor já foi demandado em outras guerras nas últimas décadas. Um exemplo é a empresa Blackwater, hoje chamada de Academi, que foram recrutados pelos EUA para lutar no Afeganistão e no Iraque após o 11 de setembro. A empresa se envolveu em um acidente que levou à morte de 14 civis em Bagdá, no Iraque, em 2007.
Evidentemente, essa premissa é uma das preocupações que envolvem esse setor de serviços, além da possibilidade de os veteranos contratados se tornarem mercenários para governos ou contratantes. Contudo, o Ministério da Defesa ucraniano montou o que batizou de “Legião Internacional para Defesa Territorial da Ucrânia”, havendo 20 mil alistamentos aprovados pelo governo.
À agência americana Associated Press, o major-general Borys Kremenetskyi disse reconhecer que há riscos, como estrangeiros tornarem-se espiões russos após serem capturados pelas forças russas, ou treinamento de eventuais supremacistas brancos interessados no conflito. Todavia, mais de 60 mil homens ucranianos também voltaram ao país para lutar na guerra. A maior parte dos refugiados é de mulheres e homens na Ucrânia, uma vez que foi decretado lei marcial impedindo homens entre 18 e 60 anos de sair do país.
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