Afinal, por que os planetas estão encolhendo? Uma explicação pode estar a caminho
NASA estuda exoplanetas encolhendo e lacuna no tamanho dos planetas extrassolares.
No universo além do nosso sistema solar, a diversidade de planetas, conhecidos como exoplanetas, é vasta e fascinante.
Curiosamente, os cientistas da NASA observaram uma tendência intrigante: alguns desses planetas parecem estar diminuindo de tamanho, um fenômeno que pode estar relacionado à exposição à radiação.
Além disso, eles notaram uma ausência de planetas com tamanhos entre 1,5 a duas vezes a largura da Terra, uma lacuna que desafia o entendimento atual sobre a formação planetária.
A falta misteriosa de planetas de tamanho médio
Jessie Christiansen, pesquisadora do Caltech e líder científica do Arquivo de Exoplanetas da NASA, apresentou uma explicação para a misteriosa lacuna no tamanho dos exoplanetas, que foi observada em uma recente pesquisa publicada no The Astronomical Journal.
Entre os mais de 5.000 exoplanetas já descobertos, a maioria se enquadra na categoria de superterras ou sub-Netunos, mas há uma notável ausência de planetas com tamanhos intermediários.
Perda de massa vs. fotoevaporação: hipóteses em debate
No estudo, Christiansen e sua equipe sugerem que sub-Netunos podem estar encolhendo devido à radiação de seus núcleos, perdendo suas atmosferas e diminuindo até o tamanho de superterras. Esse processo pode fornecer uma resposta para a lacuna observada.
No estudo recente foi explorado a possibilidade de que exoplanetas estejam encolhendo devido à perda de atmosfera, causada por uma massa insuficiente para retê-la. Na pesquisa foi considera duas hipóteses principais:
- A ‘perda de massa alimentada por núcleo’, onde a radiação do núcleo planetário expulsa a atmosfera;
- A ‘fotoevaporação’, em que a radiação da estrela hospedeira desempenha um papel.
Utilizando dados do Telescópio Espacial Kepler, a equipe de Christiansen analisou aglomerados estelares antigos e descobriu que a maioria dos planetas retinha suas atmosferas, sugerindo que a perda de massa alimentada pelo núcleo é mais provável, embora ambos os processos possam coexistir.
Christiansen enfatiza que o mistério ainda persiste e a compreensão dos exoplanetas continuará evoluindo.
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