Agência alerta: 'Super El Niño' pode ser o fenômeno mais catastrófico já registrado
De acordo com a agência, o fenômeno está cotado para o pior da história climática.
O Bureau de Meteorologia da Austrália emitiu um alerta neste mês indicando que o fenômeno El Niño em 2023 pode se tornar o pior já registrado e o denominou de “Super El Niño“. O El Niño causa alterações no oceano Pacífico tropical que afetam o clima em escala global, de acordo com a explicação da agência internacional.
Durante o fenômeno climático, são previstos um clima mais seco e temperaturas consideravelmente mais altas do que o normal. Os fortes ventos alísios, que são rajadas constantes e úmidas, ocorrem de leste a sudeste ao longo do equador.
Esses ventos levam as correntes oceânicas do Pacífico oriental a trazerem águas mais profundas para a superfície, mantendo-a essencialmente fria, de acordo com as previsões.
De acordo com especialistas, é esperado um aumento de aproximadamente 3°C na temperatura do oceano Pacífico equatorial durante o mês de outubro.
Posteriormente, em novembro, a previsão é um aumento de 3,2°C nessa região. Essas projeções indicam um significativo aquecimento das águas do oceano Pacífico durante esses meses.
Como será a ocorrência do fenômeno no Brasil?
A influência do sol tropical faz com que as águas no Pacífico equatorial ocidental se aqueçam de maneira mais eficiente, afetando a região da América do Sul, incluindo o Brasil.
Em condições dentro da normalidade, o Pacífico tropical oriental é significativamente mais frio, com uma diferença de temperatura de cerca de 8°C a 10°C em comparação ao Pacífico tropical ocidental.
Enquanto áreas ao Norte e ao Nordeste apresentam temperaturas oceânicas superficiais entre 28°C e 30°C, o Oceano Pacífico na América do Sul mantém-se em torno de 20°C. Essa discrepância térmica tem impactos relevantes nas condições climáticas da região.
No Brasil, o fenômeno do Super El Niño pode desencadear condições climáticas extremas, como secas, chuvas intensas e outros eventos climáticos adversos em todo o país.
Espera-se que as regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil recebam chuvas acima da média e apresentem um aumento nas temperaturas. Essas alterações climáticas podem ter impactos significativos nas condições meteorológicas e no ambiente em geral.
Para a região Sudeste, a previsão indica um aumento nas temperaturas, sem grandes alterações nas características da estação.
No Norte e no Nordeste, espera-se uma significativa redução nas chuvas, resultando em secas severas e aumentando o risco de incêndios florestais.
Essa disparidade nas condições climáticas pode ter impactos consideráveis nessas regiões, afetando a disponibilidade de água, a agricultura e a saúde pública.
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