Alerta climático! Terra enfrentará nova Era do Gelo a partir de 2030

Cientistas avisam sobre uma possível etapa mais fria a partir de 2030, devido à redução da atividade solar.

No futuro, a Terra pode enfrentar um fenômeno climático marcante: uma era do gelo de proporções menores, se comparada à ocorrida há muitos anos no planeta.

Cientistas preveem que, a partir de 2030, uma significativa queda na atividade solar poderá desencadear um resfriamento global moderado.

Uma era do gelo menor

Essa fase de frio moderado refere-se a períodos de resfriamento global causados por uma redução na atividade solar. Esse fenômeno não é inédito na história da Terra.

Um exemplo bem documentado ocorreu entre 1645 e 1715, conhecido como Mínimo de Maunder, quando a atividade solar caiu drasticamente, levando a temperaturas muito abaixo da média, especialmente na Europa.

A previsão de uma nova era do gelo baseia-se em modelos matemáticos desenvolvidos por cientistas da Universidade de Northumbria.

A professora Valentina Zharkova e sua equipe identificaram dois ciclos de ondas dentro do Sol que, quando fora de sincronia, reduzem a atividade solar.

Durante o ciclo solar 26, entre 2030 e 2040, essas ondas deverão se anular mutuamente, resultando em um Mínimo de Maunder moderno.

Impacto da redução da atividade solar

A atividade solar afeta diretamente o clima da Terra. Durante períodos de baixa atividade, como o que se espera para a década de 2030, a radiação solar recebida pelo nosso planeta diminui, o que pode levar a um resfriamento global.

No passado, isso resultou em invernos extremamente frios, rios congelados e colheitas prejudicadas.

Especialistas estão divididos sobre as implicações de uma pequena era do gelo. Alguns argumentam que o efeito seria mitigado pelo atual aquecimento global causado pelas emissões de CO2.

Outros acreditam que mesmo uma leve redução na temperatura global poderia ter impactos significativos em regiões já vulneráveis ao frio extremo.

O pesquisador Luke Skinner, da Universidade de Cambridge, alerta para os riscos de manipular o clima como uma solução paliativa para o aquecimento global.

Ele destaca que adicionar mais CO2 na atmosfera para combater o resfriamento pode ter consequências imprevisíveis e possivelmente irreversíveis.

Comparação com o passado

Durante o Mínimo de Maunder, a Europa enfrentou invernos rigorosos com o Rio Tâmisa em Londres frequentemente congelando.

Feiras eram realizadas sobre o rio congelado, e a agricultura sofreu com as curtas temporadas de cultivo.

Rio Tâmisa congelado, por volta de 1860 – Imagem: Wired/Getty Images/Reprodução

Se uma era do gelo menor semelhante ocorresse hoje, as implicações poderiam ser complexas, dado o aumento populacional e a maior dependência de tecnologia sensível ao clima.

Embora a possibilidade disso não deva causar pânico, é crucial que governos e comunidades estejam preparados para possíveis mudanças climáticas.

Medidas de adaptação, como infraestrutura resistente ao frio e sistemas agrícolas diversificados, podem ajudar a mitigar os impactos.

*Com informações de Wired e Coluna Financeira.

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