Alerta de crise? Fabricante de pneus no Brasil demitirá 600 funcionários
Na última segunda-feira, 8, um anúncio de fabricante de pneus revelou que o quadro de funcionários será reduzido ainda neste ano.
Fabricante de pneus anuncia demissão de 600 funcionários na unidade de Santo André. A fábrica da Bridgestone, situada no ABC Paulista, atualmente com um quadro de 3,4 mil trabalhadores, enfrentará uma redução em sua força de trabalho, chegando a 2,8 mil até o final deste ano. O anúncio foi feito na última segunda-feira, 8, pela própria empresa.
O comunicado divulgado anunciou que a fábrica da Bridgestone em Santo André deixará de produzir pneus para veículos de caminhonete e veículos de passeios, pois essa fabricação será concentrada exclusivamente na unidade da Bridgestone em Camaçari, localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
A Bridgestone destacou que essa decisão faz parte de um processo contínuo de avaliação do negócio e do mercado, visando garantir a competitividade da empresa e determinar a melhor alocação de recursos.
A mudança foi motivada pela busca por maior eficiência e otimização da produção, visando atender às demandas do mercado de forma mais eficaz.
Setor automobilístico enfrenta cortes significativos
O ABC Paulista, conhecido por sua importância na geração de empregos no setor automobilístico, enfrenta um cenário de cortes significativos.
Com aproximadamente 255 mil trabalhadores na indústria, a região tem sido impactada por uma série de desativações e realocações de fábricas. Em 2019, a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP) encerrou suas atividades, resultando na demissão de 600 funcionários.
Em abril de 2022, a Toyota também anunciou o fechamento de sua fábrica na mesma cidade, transferindo parte de sua produção para outras instalações no estado de São Paulo, movimento previsto para ser concluído ainda neste ano.
Além disso, a Mercedes-Benz comunicou em setembro do ano passado a demissão de 3,6 mil trabalhadores. Entretanto, após negociações com o sindicato dos metalúrgicos, foi estabelecido um programa de demissão voluntária (PDV), estimando cerca de 1,5 mil adesões.
Esses eventos refletem os desafios enfrentados pela indústria automobilística na região, levando as empresas a reavaliarem suas estratégias de produção e a buscar soluções para se adaptarem às mudanças do mercado.
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