Alerta nacional: 25% dos celulares no Brasil são ilegais

Indústria pede que medidas drásticas sejam adotadas.

O mercado de telefonia móvel no Brasil enfrenta um desafio crescente e que não é tão comentado quanto deveria: o aumento significativo da presença de celulares ilegais.

Segundo dados recentes divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), aproximadamente 25% dos celulares comercializados no país em 2023 foram adquiridos de forma irregular, representando um sério problema tanto para os consumidores quanto para a indústria.

Um fenômeno crescente

Humberto Barbato, presidente da Abinee, expressou preocupação com a situação, destacando que a fiscalização nas fronteiras não tem sido eficaz o suficiente para conter esse fenômeno.

A proliferação de celulares ilegais não apenas prejudica a arrecadação de impostos, mas também expõe os consumidores a riscos de segurança e os priva de acesso a assistência técnica adequada.

Imagem: Freepik/Reprodução

As marcas líderes do mercado brasileiro de smartphones, como Apple, Samsung e Motorola, estão entre as empresas representadas pela Abinee, que há tempos vem alertando sobre os riscos e impactos negativos dos dispositivos ilegais. Luiz Carneiro, diretor de dispositivos móveis, revelou que o Xiaomi Redmi Note 12 é o aparelho mais vendido no chamado mercado cinza, onde os descontos podem chegar a até 50% em relação aos preços oficiais.

Os celulares ilegais, em sua maioria provenientes da China, entram no Brasil principalmente através das fronteiras terrestres com o Paraguai e são comercializados em plataformas de compra e venda online. A Abinee ressalta que essas plataformas têm uma responsabilidade compartilhada no combate ao contrabando, e destaca a ausência de certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a falta de testes de segurança e funcionamento nos aparelhos.

Além das preocupações com a segurança dos consumidores e a perda de receita tributária para o governo federal, a Abinee estima que o contrabando de celulares resultará em uma perda de aproximadamente R$ 4 bilhões em 2024. A situação requer uma resposta imediata e eficaz por parte das autoridades competentes para coibir esse comércio ilegal e proteger os interesses dos consumidores e da indústria.

Diante desse cenário, a Abinee insta as autoridades a adotarem medidas drásticas para enfrentar o problema, visando garantir a integridade do mercado e a segurança dos consumidores. É fundamental uma ação conjunta entre governo, indústria e plataformas de comércio online para combater o contrabando de celulares ilegais e preservar a legalidade e a qualidade dos produtos disponíveis no mercado brasileiro.

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