Criação de cão-lobo: dono compartilha conhecimentos essenciais antes de cruzar as raças
Um homem apaixonado por cães mestiços compartilhou suas experiências sobre os desafios de tê-los como animal de estimação.
Phillip Young, morador do Colorado e apaixonado por cães mestiços, contou sua experiência de cuidar de um cão-lobo, ressaltando os desafios que precisam ser enfrentados na criação do animal e as leis de cada estado nos EUA. Continue a leitura e entenda as histórias e aprendizados ao cuidar de um cão-lobo!
Homem conta sua experiência com cão-lobo
Conheça a história de Young e seu cão mestiço Faelen:
Paixão por cães-lobos e as leis estadunidenses
Young sempre foi apaixonado por lobos e raças de cães misturadas com selvagens, desde quando era bem jovem. Mas adotar um deles é extremamente difícil a depender de onde você more nos Estados Unidos.
Por exemplo, não existem leis federais que impedem esse tipo de adoção, porém no Alasca, ter híbridos de lobo ou gato selvagem é contra as leis do estado. Já se você morar no estado de Nebraska, a adoção é permitida sem qualquer nível de proibição.
Morador da Louisiana, Young não podia ter um lobo autêntico como sempre sonhou, mas conseguiu adotar o seu primeiro híbrido. Um cão-lobo chamado Kota que foi vendido pelo criador que afirmava que o animal era 98% lobo selvagem.
Assim, Young não acreditou muito nessa porcentagem, realizando um teste de DNA mais tarde que confirmou apenas 25% do genoma de Kota como lobo autêntico e o restante misturado com malamute, pastor alemão, husky e chow.
Ainda assim, Young adotou Kota porque ficou super apaixonado pelo animal e toda sua família no processo de adoção. Com isso, cuidou do cão-lobo até sua morte em 2021.
Adoção de Faelen e Keeva
Com a morte de Kota, Young aceitou o desafio de criar um cão com maior porcentagem de lobo. E foi assim que ele encontrou Faelen, com um DNA testado de 54% lobo selvagem com Malamute, husky, pastor alemão e elkhound norueguês.
Então, Young adotou Faelen e sua filha, outro cão-lobo chamado Keeva. No entanto, a partir daí começaram algumas dificuldades financeiras da família que não permitiam que os cães-lobos recém-adotados morassem junto com eles.
Assim, Young precisava se mudar para o Colorado, mas estava morando de aluguel enquanto resolvia uma casa permanente e confortável para criar Faelen e Keeva. Em seguida, ele acabou escolhendo um lar adotivo no Texas para abrigá-las enquanto resolvia as pendências.
Infelizmente, contando quatro dias após deixar os cães aos cuidados do lar adotivo, Young recebeu uma ligação sobre a morte de Faelen. O ocorrido inicialmente foi relatado desconfiando que a filha de Faelen que o havia matado.
Porém, ao chegar no local, Young entendeu que, na verdade, Faelen ficou com a cabeça presa na cerca e tentando se libertar, puxou um fio solto que acabou cortando sua garganta, fazendo-o sangrar até morrer.
Com o coração partido, Young levou Keeva para outro lar adotivo e relembrou seus momentos com Faelen e como o cão que havia morrido era um animal inteligente que aprendeu tudo com muita facilidade.
Além disso, com uma boa educação social feita por Young, Faelen tinha superado sua natureza selvagem e arisca, se tornando um animal muito mais calmo e sociável com as pessoas.
Atualmente, Young está buscando uma casa boa para construir uma contenção apropriada para poder tirar Keeva do lar adotivo e finalmente poder morar com ela.
Enquanto isso, ele dirige 5 horas todo mês para passar um fim de semana inteiro com ela, para reforçar que não foi abandonada.
Alertas para quem quer criar animais mestiços
Devido a toda sua paixão e experiência com cães-lobo, Young gostaria que as pessoas que também desejem criar esses animais entendessem que é uma adoção cheia de desafios.
Uma vez que, a natureza desses animais é única, é necessário que os seres humanos se adaptem a ela, e não ao contrário, como acontece com animais domésticos comuns.
Entender que cães-lobo não são perigosos, é importante. Na realidade, o perigo está em donos de animais irresponsáveis que não sabem criá-los e que deixam outras pessoas irresponsáveis também cuidar deles.
Afinal, é necessário ter cautela, saber adestrar e ter espaço com natureza apropriados para que esses animais vivam uma vida boa, saudável e confortável.
Assim, é essencial que esses cães tenham donos habilitados e experientes, que tenham tempo, espaço e flexibilidade para se dedicarem a eles.
Sendo outras características importantes para terem uma boa criação, também é fundamental:
- Desenvolver habilidades sociais para superar a natureza tímida e fugitiva;
- Entender que esses animais não são aptos como cães de guarda, justamente devido à natureza que tende a fugir do perigo do que enfrentá-lo;
- Saber dar uma dieta de alimentos crus e adequados;
- Entender que esses animais não lidam bem com separação e tendem a desenvolver muita ansiedade caso isso ocorra.
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