Algas – O que são, características, reprodução, importância, tipos

As algas são organismos importantes para o abastecimento de oxigênio da biosfera.

As algas são organismos eucariontes, autótrofos fotossintetizantes e já foram consideradas parte do Reino Plantae. No entanto, atualmente esses organismos são classificados no Reino Protista.

As algas são organismos importantes para o abastecimento de oxigênio da biosfera. Elas podem ser uni ou pluricelulares, mas não possui tecidos, nem órgãos. Como não possui órgãos, seu corpo é sempre um talo, mesmo que ele seja gigante.

Elas podem ser encontradas em ambientes terrestres úmidos, mas é no ambiente aquático (dulcícola ou marinho) que elas são mais abundantes. As microalgas unicelulares podem constituir comunidades chamadas de fitoplâncton e constituem a  base das cadeias alimentares aquáticas.

As algas macroscópicas formam comunidades chamadas de fitobentos. São algas que podem ter dezenas de metros e são fixas no solo marinho, principalmente em rochas.

Importância das algas

  • Ecológica: como são autótrofas fotossintetizantes elas abastecem os ecossistemas de alimento e oxigênio. Como são muito numerosas, são responsáveis por mais da metade da fotossíntese mundial.
  • Indústria: são fontes de várias substâncias usadas na indústria alimentar, cosmética e farmacêutica. A algina, por exemplo, é usada como estabilizante em alimentos e em medicamentos.
  • Alimentar: Muitas algas são utilizadas na alimentação, no Japão existem criadouros apenas com essas funções. Algumas também possuem ação geleificante, como o agar-agar, utilizado tanto na alimentação como em cosméticos.

Reprodução das algas

  • Reprodução assexuada

As algas podem se reproduzir assexuadamente por divisão binária ou zoosporia. A divisão binária é comum em algas unicelulares e acontece através de uma mitose que dá origem a duas células iguais.

Já na zoosporia, cada zoosporo que se dispersa pelo meio pode dar origem a uma nova alga, é uma reprodução mais comum em algas pluricelulares.

Leia mais: Reprodução assexuada

  • Reprodução sexuada

A reprodução sexuada requer união de gametas de indivíduos diferentes. A produção de gametas ocorre em muitas algas aquáticas e os gametas masculino e femininos podem ser de três tipos:

  1. Isogamia: nesse caso o feminino e o masculino não podem ser diferenciados.
  2. Heterogamia: gametas diferentes, móveis e flagelados, com o masculino bem menor que o feminino.
  3. Oogamia: gameta masculino é pequeno e móvel, enquanto o feminino é grande e imóvel.

A principal forma de reprodução sexuada é a conjugação. Ocorre o pareamento de dois indivíduos que passam um pro outro células inteiras. Essas células são haploides e após a fusão originam zigotos diploides que se dividem por meiose formando duas novas células. Cada célula formada pode originar um novo filamento haploide, como ocorre a meiose, esse tipo de reprodução contribui para a variabilidade genética.

Classificação das algas

Algas verdes ou clorofíceas: possuem quase 20 mil espécies conhecidas que podem ser unicelulares, coloniais ou pluricelulares. Têm clorofila a e b, além de carotenoides, também armazenam amido nos cloroplastos. Elas podem ou não ter parede celular celulósica. Vivem tanto na água doce como salgada, podem fazer associação com fungos formando os líquens e viver em árvores e até na neve.

Clorofíceas unicelulares
Clorofíceas pluricelulares

Algas pardas ou feofíceas: possuem, aproximadamente, 1.500 espécies descritas. São as maiores algas conhecidas, têm clorofila a e c, e também fucoxantina, faz reserva de um carboidrato chamado laminarina e são marinhas. Tem parede celular celulósica com algina em forma de mucilagem.

Feofíceas

Algas vermelhas ou rodofíceas: tem em média 6 mil representantes conhecidos. É uma das algas mais populares pois um dos seus representantes, a alga nori, é amplamente utilizada na culinária japonesa. Possui clorofila a e ficobilinas armazenadas nos cloroplastos. Reserva amido no citoplasma e tem parede celular celulósica embebida em ágar, carragenina ou calcário.

Rodofíceas
Rodofíceas observadas em lupa

Diatomáceas ou bacilariofíceas: mais de 100 mil espécies conhecidas, são os principais componentes do fitoplâncton e podem viver tanto no mar, quanto na água doce. Possuem clorofila a e c, carotenoides, parede celular não celulósica, porém impregnadas de sílica.

Diatomáceas
Diatomáceas vistas em microscopia eletrônica de varredura. Retirado do artigo: Millimeter-Sized Marine Plastics: A New Pelagic Habitat for Microorganisms and Invertebrates (doi: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0100289.g004)

Dinoflagelados ou dinofíceas: possui entre 2 e 4 mil espécies, a clorofila pode estar ausente em muitas espécies, parede celular com placas de celulose. Elas são unicelulares com dois flagelos e algumas podem emitir luz. A maioria é marinha e nos recifes de corais se associam aos pólipos.

Tipos de dinoflagelados

Euglenas ou euglenofíceas: possui menos de mil espécies, tem clorofila a e b, não tem parede celular, são unicelulares e a membrana celular é revestida por uma película proteica. Maioria das espécies é de água doce, heterótrofas e se alimentam de partículas orgânicas.

Euglenofíceas

Curiosidades sobre as algas

A poluição orgânica nos mares pode causar a intensa proliferação de algas fitoplânctas do filo das dinofíceas. Essas algas liberam um pigmento tóxico avermelhado causando um fenômeno conhecido como maré vermelha.

Essa toxina pode causar a morte de peixes , crustáceos e moluscos, prejudicando o equilíbrio ambiental e também a saúde humana quando esses animais são consumidos. No Brasil esse fenômeno é mais frequente no litoral sul.

Maré vermelha em vista aérea
Maré vermelha

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