Ameaça à saúde: estudo revela o RISCO oculto dos chás de saquinho

Pesquisa aponta que microplásticos em chás de saquinho podem ser absorvidos pelo organismo, representando riscos à saúde humana.

Um estudo inovador realizado pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) lançou luz sobre um problema emergente: a presença de microplásticos nos saquinhos de chá. Esses pequenos fragmentos, provenientes de materiais como nylon-6, polipropileno e celulose, são liberados durante a infusão e podem representar uma ameaça à saúde.

A descoberta foi publicada na revista Chemosphere, preocupando especialistas sobre a segurança dos produtos alimentícios embalados em plástico. A pesquisa revelou que as partículas são tão minúsculas que podem ser absorvidas pelas células intestinais humanas, alcançando a corrente sanguínea e se distribuindo pelo corpo.

Com o polipropileno na liderança como maior emissor, liberando 1,2 bilhão de partículas por mililitro, seguido pela celulose e pelo nylon-6, o estudo destaca a necessidade de ações preventivas e normativas nesta área. A presença dessas partículas representa um risco crescente à saúde pública.

Detalhes do estudo

Foto: Shutterstock

Os pesquisadores da UAB utilizaram técnicas avançadas para caracterizar esses micro e nanoplásticos, como microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de infravermelho. Esses métodos permitiram uma análise detalhada das partículas liberadas por diferentes tipos de saquinhos de chá.

  • Interação com células intestinais

Uma descoberta alarmante foi a interação das partículas com células intestinais humanas. As células produtoras de muco foram as que mais absorveram esses fragmentos, com as partículas chegando até o núcleo celular. Tal fato levanta preocupações sobre potenciais danos ao material genético.

  • Preocupações com a poluição plástica

A pesquisa ressalta a crescente preocupação com a poluição por plásticos, especialmente em produtos alimentícios. Os cientistas enfatizam a urgência de mais investigações sobre os efeitos da exposição crônica a esses microplásticos, assim como a importância de padronizar métodos para sua avaliação.

Recomendações para o futuro

Os pesquisadores da UAB alertam para a necessidade de desenvolver métodos padronizados que avaliem a contaminação por microplásticos em materiais em contato com alimentos. Além disso, eles defendem políticas regulatórias que reduzam essa exposição, garantindo maior segurança alimentar e proteção à saúde humana.

Com as crescentes evidências dos riscos associados aos micro e nanoplásticos, é imperativo que governos e indústrias trabalhem juntos para mitigar essa ameaça, promovendo uma alimentação mais segura e saudável.

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