América Latina tem só uma representante na lista das 10 cidades mais baratas para se viver
Cidade considerada a mais barata do mundo para se viver teve alta de 321% em sua cesta de preços no último ano.
A Economist Intelligence Unit divulgou o Índice Anual de Custo de Vida (WCOL) que mostra as cidades do mundo mais baratas para se viver em 2023. Damasco, capital da Síria, ficou na 173ª posição do levantamento e ganhou o título, apesar da alta de 321% em sua cesta de preços no último ano.
Somente uma cidade da América Latina entrou no top 10: Buenos Aires, na Argentina, que cravou o 163º lugar no índice. Já a segunda mais barata é Teerã (Irã), embora sua taxa de inflação esteja por volta dos 49%.
Trípoli, na Líbia, fecha o pódio em 171º lugar mesmo com um avanço de 5% nos preços no último ano. As três cidades no topo do ranking são consideradas baratas para mantimentos, produtos domésticos e itens de cuidados pessoais.
Na quarta posição entre as mais em conta do mundo está Karachi, no Paquistão. A lista se completa com Tashkent (Uzbequistão), Tunísia, Lusaka e Ahmedabad (Índia).
Caracas, na Venezuela, é a cidade com a maior inflação do planeta entre as pesquisadas pela Economist, mas ainda assim alcançou a 144ª posição.
Cidades mais caras
A outra ponta do levantamento britânico mostra os lugares mais caros para se viver em 2023 e destaca a cidade-estado de Cingapura e Zurique, na Suíça. Os principais pontos mencionados sobre a primeira foram o transporte e as roupas caras. Já Zurique, que ficou em sexto lugar no último ano, recebeu impulso da força do franco suíço.
Nova York, nos Estados Unidos, saiu do segundo para o terceiro lugar, empatando com Genebra, outra cidade suíça. O quinto lugar do ranking tem Hong Kong, seguida de Los Angeles em sexto e Paris em sétimo.
Copenhague, na Dinamarca, e Tel Aviv, em Israel, dividem o oitavo lugar. É importante mencionar que o levantamento sobre o custo de vida foi realizado antes do conflito entre Israel e Hamas. Na décima posição, a cidade norte-americana de São Francisco fecha o top 10 cidades mais caras do mundo para se viver em 2023.
Embora não tenham ficado entre as dez mais caras, Santiago de Querétaro e Aguascalientes, no México, e San José, na Costa Rica, tiveram aumento no custo de vida. A tendência é resultado da valorização de suas moedas e do investimento estrangeiro.
Alta nos preços
O aumento médio nos preços nas 173 cidades analisadas foi de 7,4% em um ano, segundo a publicação. O resultado está ligeiramente melhor que a inflação recorde de 8,1% observada em 2022.
“A crise do custo de vida está longe de terminar, e os níveis de preços permanecem bem acima das tendências históricas. Prevemos uma continuação do abrandamento da inflação em 2024”, diz Upasana Dutt, responsável pelo estudo.
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