Alfred Nobel

Alfred Nobel foi um inventor, cientista e empresário do século 19, responsável por criar o Prêmio Nobel.

Alfred Nobel foi um cientista, empresário e inventor da Suécia que viveu durante o século 19 e ficou bastante conhecido em razão de sua principal invenção, a dinamite.

Nobel enriqueceu produzindo e comercializando diversos explosivos. Além disso, ele também atuava no ramo da exploração de petróleo e na produção de tecidos sintéticos.

Antes de morrer, ele escreveu um testamento sugerindo a criação do Prêmio Nobel, dedicado a homenagear os indivíduos que promovem ações grandiosas em prol da humanidade.

Uma parte considerável de sua fortuna foi destinada à criação do Prêmio Nobel.

Biografia de Alfred Nobel

Alfred Bernhard Nobel nasceu no dia 21 de outubro de 1833, na capital da Suécia, Estocolmo. Ele e seus sete irmãos tiveram uma infância conturbada em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pela família.

Entre os filhos de Immanuel Nobel e Andrietta Ahlshell, pais de Alfred Nobel, somente três sobreviveram à infância.

Immanuel Nobel era um inventor e engenheiro que, ao se deparar com a falência, mudou-se para a cidade de São Petersburgo, na Rússia, em 1837. Lá, ele trabalhava com explosivos que abasteciam o exército russo.

Em 1842, após conseguir se reerguer financeiramente, levou toda sua família para a Rússia, local em que Alfred Nobel estudou em boas escolas e aprendeu vários idiomas.

Trajetória de Alfred Nobel na ciência

Em 1850, Alfred Nobel iniciou seus estudos em Engenharia Química na capital francesa. Lá, ele conheceu Ascanio Sobrero, o inventor de um explosivo instável, a nitroglicerina.

Trabalhando em conjunto com Ascanio Sobrero no labortarório de Jules Pélouze, Nobel começou a se interessar pelos estudos deste composto químico.

Passado algum tempo, ele se mudou para os Estados Unidos, onde estudou por um ano com o cientista John Ericsson.

Em 1852, ele retorna à Rússia e vai trabalhar na empresa de seu pai. Lá, decide adotar a nitroglicerina para a produção dos explosivos produzidos pelo pai.

Após a Guerra da Crimeia (1853-1856), a empresa do pai enfrentou alguns problemas financeiros, por isso, Immanuel decidiu voltar para Estocolmo com Caroline.

Contudo, Alfred e seus irmãos decidem permanecer em São Petersburgo para continuar o negócio familiar. Com isso, ele continuou estudando maneiras de tornar a nitroglicerina um composto químico mais seguro.

Em 1863, Nobel conseguiu criar um detonador de explosivos a partir da madeira. Em 1865, melhorou a invenção e criou o que atualmente é conhecido como blasting cap.

Sua última invenção ficou bastante conhecida e passou a ser usada na construção de ferrovias e na mineração.

Ainda na década de 1860, passou a fabricar nitroglicerina em Estocolmo e a comercializá-la em todo o continente europeu.

Em 1864, durante a produção de nitroglicerina, houve uma grande explosão que matou seu irmão, Emil Nobel, e mais quatro pessoas.

Após o acidente, ele não pôde mais produzir o composto químico em Estocolmo.

Invenção da dinamite

Em 1867, Alfred Nobel conseguiu criar um explosivo mais estável a partir da mistura de nitroglicerina com diatomito.

Ele patenteou sua produção e a intitulou de dinamite. Tal nome foi escolhido em razão da palavra grega dynamis, que significa “poder”, com isso, a ideia era nomeá-lo como um explosivo poderoso.

Em pouco tempo, a dinamite ganhou força no mercado e se tornou um dos principais explosivos do mundo.

Tal invenção transformou Nobel em um industrial. Abriu várias fábricas nos Estados Unidos e Europa e fez grande fortuna.

Além da dinamite, ele criou outros explosivos, como a balistita e a nitroglicerina gelatinizada. A partir de então, ele se tornou um dos maiores criadores e fornecedores de explosivos do mundo.

Além desse ramo, ele se inseriu no mercado da seda artificial, couro sintético e criou uma empresa petrolífera que ocupou a posição de maior companhia de petróleo do mundo.

Últimos anos

Alfred Nobel não se casou e nem teve filhos. Foi homenageado ao longo de sua vida em diversos momentos devido às suas invenções.

Foi membro da Academia Real Sueca de Ciência e recebeu o título de doutor honorário pela Universidade de Uppsala, na Suécia.

Nobel foi um homem bem-sucedido, tendo acumulado inúmeras patentes além de ter sido proprietário de várias fábricas.

Ao mesmo tempo, Nobel era um pacifista, isto é, defendia a paz no mundo. Morreu no dia 10 de dezembro de 1896, deixando uma fortuna acumulada atualmente em mais de 1 bilhão de reais.

Prêmio Nobel

O Prêmio Nobel foi criado em 1901, em cumprimento do testamento de Alfred Nobel, que direcionou 94% de sua fortuna para a criação do Prêmio que tem o objetivo de render homenagem a indivíduos que agem em prol da humanidade.

Ele escolheu as instituições que distribuiriam os prêmios e as categorias que deveriam ser premiadas:

Em 1900 foi criada a Fundação Nobel, responsável por gerenciar a fortuna direcionada para a realização das homenagens. Em 1901 foi entregue o primeiro Prêmio Nobel que, hoje, é uma das maiores honrarias do mundo.

Muitos acreditam que a causa da criação do Prêmio se deveu ao episódio que matou seu irmão. Na época, o acontecimento foi noticiado por um jornal francês que, confundindo as vítimas, noticiou que Alfred havia morrido no acidente.

A manchete do jornal trazia a frase “O mercador da morte está morto”. Tais dizeres fizeram Nobel perceber que sua imagem era negativa devido à produção de explosivos.

Com isso, ele pensou formas de deixar um legado positivo para a humanidade, por isso, criou o Prêmio Nobel.

Outros afirmam que suas tendências pacifistas foram influências de Bertha von Suttner, sua governanta que assumia uma postura pacifista e que deduz-se ter sido o grande amor da vida de Nobel.

Saiba mais em: Conheça as mulheres que ganharam o Prêmio Nobel

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