Atenas e Esparta

Atenas e Esparta foram as principais cidades-Estado gregas.

Atenas e Esparta foram criadas durante o Período Arcaico, na fase correspondente à formação das primeiras polis gregas que se consolidaram entre os anos 700 a.C. a 500 a.C., quando as tribos (genos) se tornaram sedentárias.

Os gregos eram independentes entre si, possuindo diferenças expressivas, o que nos permitem afirmar que não existia uma nação grega.

Nesse sentido, Atenas e Esparta foram as principais cidades-Estado que formaram os dois maiores contrapontos da Grécia Antiga.

Por volta da década de 480 a.C., estas cidades se unem contra o Império Persa, comandado pelo rei Xerxes.

Mesmo com Atenas se destacando com seu poderio naval e Esparta esmagando as forças terrestres, a rivalidade entre as duas não cessou.

Após a criação da Liga de Delos, Atenas se destacou como uma potência marítima. Com a Guerra do Peloponeso e a vitória de Esparta, ambas saíram enfraquecidas do conflito.

Até a dominação macedônica liderada pelo rei Filipe, em 338 a.C., Tebas ocupou o posto de potência dominante na Grécia.

Características de Atenas

Atenas foi formada pelos jônios, por volta de 1600 a.C., no território que abrange a Península Ática. Os aqueus e os eólios também foram povos que contribuíram para a criação desta cidade-Estado.

Sua economia era voltada para o comércio marítimo e a pesca. Sua posição geográfica permitia a comercialização de uva, trigo, azeitona e cerâmica com as colônias gregas da Ásia Menor e do Mar Mediterrâneo.

Investiam tanto no conhecimento mental quanto físico. A educação era um privilégio dos mais ricos, com exceção das mulheres, que eram criadas para saber os afazeres domésticos.

Atenas viveu durante um período sendo governada por um sistema monárquico, até que a democracia foi instaurada.

O governo era administrado por uma pequena oligarquia oriunda das famílias mais tradicionais da região.

Os eupátridas (grandes donos de terra), tinham acesso às melhores terras e os georgóis ficavam com as propriedades menos valorizadas.

Os demiurgos, que eram os artesões especializados, não tinham status e nem terras e os thetas ocupavam a base da hierarquia social, sendo, muitas vezes, escravos.

A Eclésia era uma espécie de Assembleia Popular que contava com a participação de cidadãos do sexo masculino, maiores de dezoito anos, filhos de pais nascidos na polis e com dois anos de serviço militar.

Características de Esparta

Esparta foi criada por volta do ano 1200 a.C., momento marcado pela invasão dos dórios que se fixaram na região do Peloponeso e dominavam algumas técnicas de metalurgia.

Já em 700 a.C., seus inimigos haviam sido derrotados e toda a península pertencia a eles. Por isso, Esparta passou a dominar uma ampla área que envolvia terras férteis, facilitando seu isolamento e garantindo a aversão aos povos estrangeiros.

Os homens começavam a estudar aos 7 anos e as mulheres, aos 12. A educação era baseada em um treinamento físico, psicológico e militarista, visando transformar os homens em guerreiros obedientes e poderosos.

As mulheres, assim como os homens, eram treinadas para o conflito. Sua educação também se concentrava nos assuntos domésticos.

A participação delas era bem aceita nas competições de esporte e nas assembleias. As únicas pessoas que tinham acesso a direitos políticos eram os descendentes dos dórios.

Abaixo dos dórios estavam os periecos, descendentes dos aqueus e a base era formada pelos hilotas, escravos obtidos por meio de guerras.

Dois reis geriam Esparta, um militar e outro religioso. Ambos respeitavam as decisões tomadas pela Gerúsia, um conselho formado por 28 anciões com idades acima dos 60 anos; e pela Apela, conselho composto por espartanos com mais de 30 anos.

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