Ciclo do pau-brasil

O pau-brasil foi o primeiro item responsável pela sustentação da economia do país, com isso foi o primeiro artigo brasileiro a ter valor no mercado europeu. Os portugueses foram os principais lucradores, pois exploraram descontroladamente a árvore.

O pau-brasil é muito conhecido pois foi o primeiro item responsável pela atividade econômica do país, sendo o primeiro artigo brasileiro a ter valor no mercado.

A exploração do pau-brasil foi intensa durante o século XVI, de 1500 a 1530. Para isto, os colonizadores portugueses se aproveitavam do trabalho indígena.

Fase pré-colonial (1500-1530)

A chegada dos portugueses ao Brasil foi em 22 de abril de 1500. Com a invasão europeia, iniciou-se o processo de exploração da terra. Inicialmente, tal exploração era feita somente nas regiões litorâneas.

O ciclo do pau-brasil aconteceu durante o período pré-colonial (1500-1530). Foi o primeiro item explorado pelos portugueses e o primeiro artigo da “nova terra” a ter valor no mercado.

O pau-brasil foi notado pelos portugueses devido a sua madeira resistente, que poderia ser utilizada na construção de móveis e outros objetos, e por causa da coloração que essa árvore expelia.

A tinta avermelhada que o pau-brasil soltava começou a ser utilizada pelos portugueses como corantes de tecidos.

Contudo, os indígenas já utilizavam dessa árvore típica da Mata Atlântica para a mesma função.

Quando os portugueses perceberam a riqueza da árvore, logo se apressaram para explorar a madeira da mesma e a enviar para a Europa. Com isso, desde o início da exploração do pau-brasil, a Coroa Portuguesa lucrava altos valores em cima dela.

A extração do pau-brasil

O pau-brasil era encontrado principalmente nas regiões costeiras, o que facilitava sua exploração. A extração dessa árvore era acompanhada pelas feitorias, que foram construídas pelo portugueses com o objetivo de administrar e controlar todo o processo.

Registros apontam que as primeiras feitorias se localizavam em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e em Igarassu, no Pernambuco.

A feitorias eram locais utilizados pelos portugueses para guardar a madeira extraída.

Além das feitorias, foram construídos fortes (estruturas planejadas para a defesa do território), pois era necessário garantir a segurança do local contra possíveis inimigos.

Tais inimigos eram caracterizados por povos indígenas contrários à presença europeia e, também, os franceses, que já no início do século XVI invadem as terras que “pertenciam” aos portugueses e tentam contrabandear o pau-brasil para a Europa.

Percebendo o interesse francês na exploração do território, Portugal viu a necessidade de investir na proteção da costa brasileira. Caso percebessem qualquer movimentação francesa vinda por mar ou por terra, estavam autorizados a abrir fogo.

Contribuição indígena

Os indígenas eram utilizados como mão de obra para derrubar as árvores e transportar a madeira até as feitorias. Como troca, eles recebiam espelhos, facas, canivetes, entre outros artigos.

As árvores do pau-brasil ficavam espalhadas pelo território, com isso, os portugueses precisavam dos conhecimentos territoriais indígenas para conseguirem chegar até elas.

Era essencial sustentar uma boa relação com os eles, pois era por meio do seu trabalho que a exploração da madeira ocorria.

Contudo, ao passar do tempo, os indígenas começaram a ser obrigados a desempenhar a tarefa, sendo escravizados. Como conheciam o território, muitos deles fugiam.

A escravidão indígena foi combatida pela Igreja, pois os membros do clérigo acreditavam na conversão religiosa dos mesmos.

Além disso, muitos indígenas sofreram com as doenças contraídas do homem branco. Tais epidemias levaram milhares deles à morte.

Em 1570 a escravidão indígena é proibida, mas permaneceu até o século XVIII. Aos poucos foram sendo substituídos por pessoas vindas do continente africano.

Fim do ciclo do pau-brasil

O fim do ciclo do pau-brasil ocorreu devido a exploração intensa, sendo responsável pela quase extinção da árvore. Milhões de árvores foram derrubadas com o intuito de gerar dinheiro aos cofres portugueses.

A exploração incessante do pau-brasil ocorreu do século XVI até o início do XIX (em pouca quantidade, já que praticamente não existiam mais).

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