Coronavírus – 5 milhões de testes rápidos serão distribuídos em todo o Brasil

Com o aumento no número de casos confirmados e mortes por coronavírus, além da transmissão comunitária, os testes devem abranger casos com sintomas leves.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou nesta terça-feira, 24 de março, 2.201 casos confirmados do novo coronavírus e 46 mortes. As mortes são 40 no estado de São Paulo e 6 no Rio de Janeiro, todas na região Sudeste do país.

Com o registro de dois casos em Roraima, na região Norte, agora todos os estados possuem casos de contágio da Covid-19. Ainda, na última sexta-feira, 20 de março, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reconheceu a transmissão comunitária em todo o Brasil.

De acordo com o governo, a taxa de mortalidade em decorrência da doença é de 1,6%. A estimativa é que caia nas próximas semanas, com a elevação da realização de testes, que devem abranger casos considerados com sintomas leves.

Testes da Covid-19 irão incluir casos com sintomas leves

“Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que, na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.

“Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil”, acrescentou. Pois, até o momento, apenas pessoas com sintomas graves eram testadas.

No entanto, a princípio, os primeiros 5 milhões de testes serão prioritários aos profissionais de saúde e das unidades básicas de saúde, relatou o secretário. Sendo que, segundo Oliveira, a estimativa é alcançar 10 milhões de testes entregues ao longo das próximas semanas.

“Vamos, muito em breve, implantar uma estratégia similar ao que a Coreia (do Sul) realizou lá, usando um ‘drive thru‘ de testes em alguns centros, para aumentar a detecção a partir da testagem rápida, evitando que as pessoas tenham que ir a uma unidade de saúde”, detalhou o secretário.

Tipos de testes

Até o momento, foram distribuídos 27 mil kits de testes do coronavírus para todo o Brasil, adquiridos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Esses são de um tipo chamado RTPCR (ou PCR), que, conforme o secretário, exige um procedimento maior de preparação, ainda que seja rápido e disponibilize o resultado no período de até 2 horas.

“Ele é trabalhoso para se realizar todas as etapas. O outro teste, que é o que estamos adquirindo agora (5 milhões), é um teste rápido, sorológico”, argumentou Oliveira, fazendo uma alusão ao exame de glicemia que, em questão de minutos, dispõe do resultado.

“Isso só foi possível pela evolução da ciência, porque agora a gente conhece mais o vírus, e as empresas, as indústrias que produzem esses testes estão tendo condições de produzir em grande quantidade.”

O secretário alega que todos os casos foram confirmados por exames laboratoriais, mas não se sabe ao todo quantos já foram feitos no país. Ele ressalta que ainda não há materiais suficientes para a realização indiscriminada de testes.

Vacinação contra a influenza

Na última segunda-feira, 23 de março, teve início a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A ação, antecipada por conta da pandemia do novo coronavírus, engloba na primeira fase idosos e profissionais da saúde.

Conforme Oliveira, os estados têm feitos parcerias com farmácias e escolas para realizarem o procedimento em espaços abertos de modo a evitarem aglomerações.

“Estamos recomendando o adiamento da vacinação das crianças, para que tenhamos maior disponibilidade da unidade de saúde apenas para o público-alvo neste momento”, afirmou o secretário de Vigilância.

O secretário destaca que possui a intenção de vacinar os profissionais de saúde nos locais em que trabalham, visando assim evitar o deslocamento das pessoas.

A próxima fase da campanha contra a gripe começa em 16 de abril e visa imunizar doentes crônicos, professores (rede pública e privada de ensino) e profissionais das forças de segurança e salvamento.

A última fase tem início em 9 de maio e abrange as crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e puérperas, adultos de 55 a 59 anos, pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medida socioeducativa, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

*Com informações do Ministério da Saúde e G1

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