Elementos da narrativa

Veja quais são os principais elementos de textos narrativos e suas principais características. Dicas para uma boa narrativa!

Os textos narrativos são caracterizados pela exposição de uma sequência de fatos interligados, que ocorrem em um determinado espaço de tempo.

Fábulas, contos, histórias em quadrinhos, romances, novelas são alguns exemplos de textos narrativos.

Para escrever uma narrativa de forma correta, no entanto, é necessário obedecer a uma estrutura pré-determinada. Ela é dividida em introdução (ou apresentação), desenvolvimento, clímax e conclusão (ou desfecho).

Alguns itens são básicos na constituição desse tipo textual. Entre eles, é possível citar narrador, enredo, tempo, personagens e espaço. Eles são chamados de elementos da narrativa. Veja a seguir alguns detalhes sobre os principais.

Enredo

Também pode ser chamado de trama ou argumento. O enredo é o elemento da narrativa responsável por dar sequência aos fatos. É em torno dele que se desenvolvem todos os acontecimentos do texto.

Ele pode ser classificado em linear e não linear. No primeiro tipo os fatos são relatados em uma sequência cronológica, ou seja, há uma continuidade textual. O enredo linear se organiza em apresentação, complicação, clímax e desfecho.

O enredo não linear, por sua vez, não obedece a esta a sequência. O exemplo mais comum é quando o autor do texto inverte a ordem, apresentando o desfecho no início do texto e contando os fatos que levaram a ele ao longo da narrativa.

Confira alguns itens básicos para fazer um bom enredo:

  • Definir um tema para a narrativa;
  • Definir o conflito da trama;
  • Escolher o tipo do enredo, ou seja, se ele será linear ou não linear;
  • Definir os demais itens, tais como espaço, personagens e o recorte temporal.

Narrador

Outro elemento crucial para o desenvolvimento da narrativa é o narrador. Também conhecido como “foco narrativo”, ele é o responsável por contar a história. Porém, é importante lembrar de não confundi-lo com o autor do texto, uma vez que este pode representar e escrever sob a ótica de diferentes narradores.

Pode ser classificado em três tipos principais:

  • Narrador personagem

Como o próprio nome indica, esse tipo de narrador participa ativamente do enredo. Ele pode ser, tanto o personagem principal, chamado de protagonista, quanto um personagem secundário, neste caso, chamado de testemunha.

Ao recorrer ao narrador personagem, é indispensável o uso da primeira pessoal do plural (eu) ou primeira pessoa do plural (nós).

Além disso, é importante frisar que a escolha desse tipo de narrador implica em um alto grau de subjetividade, já que as emoções e opiniões de quem está narrando influenciam na forma como a história está sendo contada, ou seja, assume uma parcialidade.

  • Narrador observador

Mais uma vez o nome indica a característica principal do narrador. Ele conhece todos os fatos da história a ponto de poder contá-la, entretanto, ele apenas observa, não participando dos acontecimentos.

Esse tipo de narração usa a terceira pessoa do singular (ele, ela) ou a terceira pessoa do plural (eles, elas). As histórias contadas por um narrador observador são mais objetivas e imparciais, já que suas emoções não são usadas como um filtro na hora de relatar os acontecimentos.

  • Narrador onisciente

Assim como o narrador observador, ele não participa da história. Porém, o narrador onisciente conhece todos os fatos e detalhes da trama, incluindo pensamentos, ideias, sentimentos e emoções dos personagens.

Neste caso, a narrativa pode ser feito tanto em primeira, quanto em terceira pessoa. Porém, a terceira pessoa é a mais recorrente.

Pode ser classificado como intruso, quando faz interferências na história. Ou seja, julga, critica ou atribui juízo de valor às ações dos personagens e aos fatos. Também pode ser classificado como neutro, quando não faz observações sobre o enredo, ocupando-se apenas com a descrição da história e dos personagens.

Personagens

Os personagens são elementos imprescindíveis em uma narrativa. Eles são as pessoas que estão presentes no enredo, desenvolvendo as ações. Podem ser reais, históricos, fictícios, real-ficcional (quando o personagem é real, mas, suas características são fictícias).

Quando são os personagens mais importantes do enredo, são classificados como protagonistas. Suas experiências e ações são o foco do texto. Aqueles personagens que possuem uma relação próxima ao protagonista e o auxiliam na busca pelo seu objetivo, são chamados de co-protagonistas.

O antagonista, que pode ser uma pessoa, espírito, objeto, animal ou monstro, por exemplo, que representa uma ameaça, obstáculo ou dificuldade para que o protagonista atinja seu objetivo, portanto, possuem intenções contrárias.

Há, ainda, os coadjuvantes, que ocupam papéis secundários no enredo e ajudam no desenrolar da história e os figurantes, que possuem pouca relevância, e não se relacionam com a trama e seus personagens.

Tempo

Todas os textos narrativos possuem como um de seus itens principais o tempo, que em suma, determina o período em que a narrativa se passa.

Ele pode ser classificado em cronológico, quando os acontecimentos são relatados sequencialmente, na ordem em que aconteceram. Ou, ainda, em psicológico, quando os fatos não seguem uma linearidade, ou seja, o tempo está definido na mente dos personagens.

Quando o tempo é psicológico, o narrador alterna fatos que já aconteceram, estão acontecendo ou que ainda vão acontecer. Ou seja, são acontecimentos do passado, presente e futuro, que geram um fluxo de pensamento nos personagens do enredo.

Algumas expressões são utilizadas para fazer a marcação temporal. Confira alguns exemplos entre as mais comuns:

  • Ontem, hoje e amanhã;
  • Na semana passada;
  • No dia seguinte;
  • No ano que vem.

Espaço

Por fim, mas com muita importância para o desenvolvimento da narrativa, está o espaço. Em resumo, é o local onde a história acontece. Pode ser um local físico ou psicológico.

O espaço físico pode ser classificado em espaço fechado (quarto, sala, casa, hospital, escola, igreja, fazenda, etc.) e em espaço aberto (cidade, país, vila, avenida, etc.).

O espaço psicológico se passa no interior de um personagem, portanto, não é algo físico, como no caso anterior. Assim sendo, a história é narrada com base em um fluxo de pensamentos e sentimentos.

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