Enem passará a ser 100% digital até 2026, diz Inep

A prova do Enem poderá ganhar uma nova forma, por meio da internet, até 2026. Informação foi confirmada pelo novo presidente do Inep, Alexandre Lopes.

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possibilita aos cidadãos acesso a bolsas em faculdades particulares, ingresso em universidades públicas sem fazer vestibular tradicional, financiamento estudantil, dentre outros aspectos educacionais.

Até 2026 a aplicação da prova do Enem deixará de ser em papel e aderirá a forma digital, segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Projeto Piloto

A partir de 2020, um projeto-piloto começará a ser aplicado para 50 mil candidatos, de 15 capitais, explicou Alexandre Lopes, o novo presidente do Inep, em entrevista.

“Os participantes poderão escolher, no ato de inscrição, pela aplicação piloto no modelo digital ou pela tradicional prova em papel”, diz o comunicado feito pelo Ministério da Educação, enfatizando que, “em caso de problemas logísticos na aplicação digital, o participante poderá participar da reaplicação”.

Nessa ocasião, o exame contará com três aplicações: uma regular e uma reaplicação para candidatos de locais de provas que enfrentaram problemas logísticos, na mesma data do Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL).

O Enem digital em formato piloto em 2020 acontecerá nos dias 11 e 18 de outubro de 2020, de forma opcional. “As primeiras aplicações digitais serão opcionais”, informou o Ministério da Educação em uma nota distribuída aos jornalistas.

Já o Enem tradicional ocorrerá nas datas de 1º e 8 de novembro de 2020. A reaplicação para os dois modelos acontecerá em dezembro.

“Em 2021 [o Enem digital] continua sendo opcional, com duas provas digitais, além da aplicação regular. De 2022 a 2025 a gente vai aumentando a quantidade de provas ao longo do ano, atingindo quatro provas por ano”, disse  Alexandre Lopes, presidente do Inep, sobre o escalonamento do Enem digital no período de transição.

A ideia é que em 2026, não haverá mais Enem aplicado em papel.

O que vai mudar no exame?

  • Já em 2020, o Enem terá duas aplicações anuais, além de uma aplicação em formato digital em dois dias do mês de outubro.
  • A aplicação será em 15 capitais brasileiras: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP);
  • Durante o ato de inscrição, a adesão dos candidatos será opcional, até um total de 50 mil participantes, o equivalente a 1% do total de participantes.
  • O valor da inscrição será o mesmo para todos os participantes.
  • O Inep pretende fazer um investimento de R$ 20 milhões no projeto-piloto de 2020,  de modo que utilize equipamentos de instituições de ensino localizadas nas cidades participantes, de forma que economize nos custos de aquisição de computadores.
  • Entre 2021 e 2025, o Inep ampliará o número de aplicações do Enem digital, permanecendo no formato piloto e participação opcional.
  • De 2026 em diante, tanto o tradicional, quanto o Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) será 100% digital,
    incluindo tanto as provas objetivas quanto a prova de redação.

Segurança

Quanto a segurança nessa nova forma de aplicação, o Inep garante que será garantida, uma vez que, atualmente, o processo de execução do Enem já é quase todo feito digitalmente, somente a aplicação é analógica.

Dentro disso, o ministro ressaltou que tentativas de fraude seriam mais “fáceis” no momento de atribuição a nota final de um candidato, por meio de interferências no sistema, e não durante a aplicação do exame.

Bolsonaro viu a prova do Enem 2019?

A mídia digital contendo o conteúdo da edição do Enem 2019, foi entregue à gráfica na última sexta-feira (28), com estimativa de impressão para o mês de julho. Desse modo, o presidente Jair Bolsonaro não teve acesso à prova.

“Eu não li a prova, o presidente não leu, e o Camilo [Mussi] não leu”, disse o ministro da Educação.

Veja também: Como começar uma redação do Enem?

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