Eritroblastose fetal – O que é, sintomas, prevenção, tratamento

Continue lendo para saber tudo sobre a doença hemolítica do recém-nascido!

A eritroblastose fetal também é conhecida como a doença hemolítica do recém-nascido e ocorre por uma incompatibilidade do fator Rh do sangue da mãe e o do bebê.

As consequências da eritroblastose fetal são graves, pois as hemácias do feto, ou até mesmo do recém-nascido, são destruídas pelos anticorpos da mãe, podendo levá-lo à morte.

Essa doença ocorre quando mães com fator Rh negativo (Rh-) geram filhos com Rh positivo (Rh+).

Como ocorre a eritroblastose fetal?

A eritroblastose fetal ocorre quando uma mulher fator Rh- gera filhos de um homem Rh+ e os bebês também possuem fator Rh+, gerando uma incompatibilidade do fator Rh.

O sistema imunológico da mãe Rh- pode identificar as hemácias do feto com Rh+ como corpos estranhos e produzir anticorpos contra o fator Rh+, esse processo é chamado de sensibilização da mãe ao fator Rh.

A maior parte das sensibilizações ocorrem durante o parto do primeiro filho com Rh+, onde a mulher é exposta a um maior volume sanguíneo.

Contudo, a sensibilização de Rh pode ocorrer antes do parto, durante abortos espontâneos ou eletivos, deslocamento de placenta ou em exames de diagnóstico no feto.

Durante a gestação, ocorre passagem de plasma sanguíneo entre a mãe e o filho através da placenta que pode conter os anticorpos produzidos pela mãe.

Ao chegar no sangue do feto, se fixam e destroem das hemácias, processo chamado de hemólise. A destruição das hemácias começa ainda no útero e perdura após o parto.

Por que a eritroblastose fetal ocorre com maior frequência no segundo filho?

Como a maioria das sensibilizações de Rh ocorrem no parto, geralmente a eritroblastose fetal afeta o segundo filho com Rh+.

Isso acontece porque a produção de anticorpos é lenta e, durante a primeira gestação de um bebê Rh+, a mãe Rh- pode ter uma quantidade pequena de anticorpos anti-Rh.

Se a segunda gestação dessa mãe também for de um filho Rh+, a eritroblastose tem maior probabilidade de acontecer, pois o sangue da mãe já estará sensibilizado pelo fator Rh e terá uma quantidade de anticorpos anti-Rh elevada.

Sintomas da eritroblastose fetal

Os sintomas da eritroblastose fetal no recém-nascido são: anemia grave e icterícia.

A anemia é causada pela destruição acelerada de hemácias e a icterícia pela produção aumentada de bilirrubina, que ocorre durante a destruição das hemácias.

Se a icterícia não for tratada corretamente, pode ocorrer o aparecimento de Kernicterus, uma doença onde bilirrubina é depositada nos núcleos das células da base cerebral, gerando retardo no recém-nascido.

Diagnóstico da eritroblastose fetal

O diagnóstico da eritroblastose fetal deve ser preventivo, ou seja, deve ser realizada a tipagem sanguínea da mãe durante a primeira consulta de pré-natal.

Se a mãe tiver fator Rh-, é necessário fazer a tipagem sanguínea do pai do bebê para saber se existe a possibilidade do feto ser Rh+.

Se essa possibilidade existir, a mãe deve acompanhar os níveis de anticorpos anti-Rh durante toda a gestação. Se os anticorpos não forem detectados, nada precisa ser feito.

Prevenção da eritroblastose fetal

O diagnóstico precoce possibilita a prevenção da doença. A prevenção da eritroblastose fetal pode ser feita através de injeções de imunoglobulina durante a gestação e após o parto.

A imunoglobulina reveste os glóbulos vermelhos fetais com Rh+ que tenham entrado na corrente sanguínea da mãe com Rh- e evita que o sistema imunológico dela desenvolva anticorpos anti-Rh que podem afetar as hemácias do feto.

A primeira injeção é administrada próximo a 28° semana de gestação e a segunda depois de 72 horas do parto.

Tratamento da eritroblastose fetal

O tratamento da eritroblastose fetal ocorre nos casos em que não houve a prevenção da sensibilização da mãe ao fator Rh.

O feto pode apresentar anemia antes mesmo de nascer e, em muitos casos, se faz necessário que ocorram transfusões sanguíneas para o feto, antes e depois do parto.

A anemia grave gerada pela eritroblastose fetal pode ser tratada como qualquer outro tipo de anemia.

A icterícia ocorre quando a produção de bilirrubina é aumentada pela destruição das hemácias. Ela pode ser tratada com exposição do bebê ao Sol ou fototerapia.

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