Esquizofrenia – O que é, tipos, sintomas, causas, diagnóstico, tratamento

A esquizofrenia causa uma certa dificuldade social de se relacionar com as pessoas, e também episódios de delírios e alucinações.

É claro que em algum momento da sua vida, você já ouviu falar sobre esquizofrenia, seja em noticiários, filmes ou até mesmo um caso real.

Esta doença, que é caracterizada por originar pensamentos e experiências que não têm ligação com a realidade, atinge cerca de 1 milhão de brasileiros. Porém, a desinformação e o desenvolvimento do transtorno fazem com que haja uma onda de preconceitos e enigmas sociais que acometem aos portadores.

Veja a seguir informações essenciais que dizem a respeito de causas, sintomas, fatores de risco e tratamento da doença.

O que é esquizofrenia?

Esquizofrenia é um transtorno mental que acomete o modo de como uma pessoa pensa, sente e se comporta.

Nesse sentido, dificulta o correto julgamento sobre a realidade, a produção de pensamentos simbólicos e abstratos e a elaboração de respostas emocionais complexas. Por isso, é comum que pessoas com esquizofrenia pareçam que perderam o contato com a realidade.

Essa doença cerebral crônica afeta a 1% da população mundial e se manifesta entre os 15 e 35 anos.

Geralmente, se inicia com uma simples apatia no final adolescência e no começo da vida adulta, na faixa dos 18 aos 30 anos. Os primeiros indícios tem relação ao fato de o indivíduo abandonar as atividades rotineiras e se isolar, de modo que suas reações fiquem estranhas e desajustadas.

Assim, é de costume que os portadores desse tipo de transtorno não esboce reação diante de fatos tristes ou felizes.

Sintomas de esquizofrenia

Uma espécie de sensação de que algo está errado e alguém prejudica a sua vida começa a fazer parte da rotina, seguido de uma transformação dessa inquietação nas fantasias sensoriais e nas teorias da conspiração. Juntas, traduzem-se em alucinações e delírios.

De maneira geral, traduzem-se os sintomas, nos seguintes aspectos:

  • Dificuldades no aprendizado desde a infância;
  • Apatia;
  • Pouca vontade de trabalhar, estudar ou interagir com os outros;
  • Não reagir diante de situações felizes ou tristes;
  • Vozes que surgem na cabeça e outras alterações nos órgãos dos sentidos;
  • Mania de perseguição inexplicável.

Causas da esquizofrenia

Até o momento não se conhece inteiramente todos os mecanismos cerebrais que estejam relacionados à esquizofrenia, mas por outro lado, se tem conhecimento que se trata de uma doença química cerebral decorrente de alterações em vários sistemas bioquímicos e vias neuronais cerebrais.

Nesse sentido, vários genes, em conjunto, são responsáveis por estas alterações cerebrais. O ambiente, ou seja, as relações vitais que a pessoa estabelece atuam como fatores estressores que contribuem para que estes genes ligados se ativarem e a doença apareça.

Dessa forma, não existem fatores psicológicos ou ambientais que causam a esquizofrenia, mas sim fatores de vida, que são fatores fundamentais no início das alterações cerebrais da doença.

Sustâncias químicas, chamadas de neurotransmissores se alteram no cérebro de um esquizofrênico, com ênfase em dopamina e glutamato.

A dopamina está envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória, enquanto o glutamato desempenha um papel importante na transmissão rápida (isto é, resposta rápida ao estímulo), cognição, memória, movimento e sensação.

Fatores de risco

Alguns fatores podem ser considerados estímulos importantes para dar início a alterações neuroquímicas cerebrais e assim, o posterior aparecimento da doença. Por isso é preciso ficar atento a algumas ações:

  • História familiar de esquizofrenia: as chances são de 10% se tiver um irmão com esquizofrenia, 18% se tiver um irmão gêmeo não-idêntico com esquizofrenia, 50% se tiver um irmão gêmeo idêntico com esquizofrenia e 80% se os dois pais forem afetados por esquizofrenia;
  • Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe, especialmente nos dois primeiros trimestres da gestação;
  • Problemas no parto como falta de oxigênio (hipóxia neonatal);
  • Ter um pai com idade mais avançada;
  • Uso de maconha;
  • Tabagismo.

Tratamento de esquizofrenia

Apesar de não existir cura, é possível levar uma vida produtiva e satisfatória com o tratamento adequado. Para melhorar a qualidade de vida dos acometidos, é preciso se sujeitar a vários serviços, incluindo programas de medicação e reabilitação.

A reabilitação é fator fundamental na recuperação da confiança e das habilidades sociais perdias. Junto a isso, o acompanhamento de um psiquiatra ou psicólogo possibilita que a frequência das crises diminuam e o paciente consiga viver de maneira mais harmônica.

O tratamento deve ser sempre medicamentoso (remédios antipsicóticos e outros medicamentos adjuvantes) e não medicamentoso (terapia comportamental e abordagens psicossociais de reintegração do indivíduo).

Algumas abordagens são feitas nesse caso:

Medicamentos antipsicóticos

Sendo os medicamentos mais comuns de serem prescritos para o tratamento da esquizofrenia, os antipsicóticos são usados para controlar os sintomas, agindo diretamente sobre a desregulação dos neurotransmissores.

É muito comum que os pacientes sejam resistentes a tomarem a medicação, por isso, médicos podem prescrever injeções, em vez de tomar um comprimido.

Psicoterapia

A terapia com um psicólogo atua diretamente na redução dos sintomas e acompanhamento e execução os eventos que o levaram a desenvolver este problema.

Hospitalização

Em períodos de crise ou sintomas graves, a hospitalização pode ser necessária para garantir a segurança, alimentação adequada, sono adequado e higiene básica.

Terapia eletroconvulsiva

Para adultos com esquizofrenia que não respondem à terapia medicamentosa, a terapia eletroconvulsiva (ECT) pode ser considerada.  Trata-se de um tratamento psiquiátrico que funciona provocando alterações na atividade elétrica do cérebro induzidas por meio de passagem de corrente elétrica, sob condição de anestesia.

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