Geografia de Sergipe

O Sergipe, segundo menor estado do Brasil, está situado na região nordeste do país. Rico em recursos naturais, abriga 20 unidades de conservação ambiental.

Sergipe é um das 27 unidades federativas do Brasil, sendo considerado a segunda menor. Com uma área de 21.918,454 km², o estado perde apenas para a capital nacional – Brasília.

Por seus limites ocuparem uma área inferior aos demais estados, o seu território está situado em uma região com baixa movimentação morfológica.

A sua capital é Aracaju, conhecida pelas praias, belezas naturais e patrimônio cultural.

Características geográficas

Localizado na região nordeste, o Sergipe limita-se ao norte com Alagoas; a parte do sul e oeste com a Bahia; e ao sul com o Oceano Atlântico.

O estado abrange 75 municípios, subdividido em treze microrregiões, as quais parte das mesorregiões Leste, Agreste e Sertão Sergipanos.

As microrregiões que compõem o estado são:

  1. Aracaju
  2. Sertão do São Francisco
  3. Propriá
  4. Agreste de Itabaiana
  5. Nossa Senhora das Dores
  6. Cotinguiba
  7. Agreste do Lagarto
  8. Tobias Barreto
  9. Boquim
  10. Estância
  11. Baixo do Cotinguiba
  12. Japaratuba
  13. Carira

No ano de 2007, com a intenção de planejamento das políticas públicas estaduais, Sergipe foi categorizado pelo governo estadual em oito territórios. O ato se deu por meio de ações conjuntas entre Universidade Federal de Sergipe e entidades civis organizadas.

Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a sua população em 2019 é estimada em 2.298.696 pessoas. Os nativos nascidos no estado são denominados sergipanos.

Relevo

No terreno, há a predominância de áreas planas e pequenas elevações. Assim sendo, seu relevo se constitui por depressões, em grande parte do seu território, mas também há a presença de planície litorânea com várzeas.

O ponto mais alto de seu relevo é a Serra Negra, apresentando 742m de altitude.

Serra negra

Dessa forma, pode-se dividir o relevo sergipano em:

  • Pediplano sertanejo: A sua superfície é plana, decorrente do clima seco que prevalece a região. Nele, há altitude limite de 750m e colinas rebaixadas, criando vales e declives.
  • Tabuleiros costeiros: Nessa formação, o solo é arenoso, pobre, pedregoso e seco; e as altitudes vão de 300m a 700m. Depositados perante a Bacia Sedimentar do Sergipe, eles se encontram nas colinas de topos convexos. Em áreas inferiores, o solo é argiloso, o que acaba por facilitar o cultivo.
  • Planície costeira: Ela corresponde a 163 km, isso entre os rios Real e São Francisco. Há nela a presença de várzeas, devido as chuvas recorrentes entre os meses de março e agosto. Porém, a interação do solo com o oceano não permite a agricultura,  por conta da inexistência da proliferação de nutrientes. No território, os maiores terrenos medem até 10m de altitude. A planície costeira detém de terraços marinhos, cordões litorâneos, dunas costeiras e estuários, onde se nota os mangues e apicuns.

Para além das porções citadas, merece destaque o Domo de Itabaiana. O seu relevo é suave e ondulado, alçando altitudes que chegam a 659m.

Localizada na região que é zona de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, ela recebe altos índices pluviométricos (1.100 a 1.300 mm).

Também vale destacar as serras do Cajueiro, Itabaiana e Comprida, na região semi-árida.

Clima

No território sergipano há dois tipos de clima:

  1. Tropical quente e úmido: Com a temperatura média de 25°C e três meses de seca, acontece no litoral do estado;
  2. Tropical quente e semi-úmido: Apresentando a temperatura média anual de 30°C e tendo o período de seca entre 4 a 6 meses, sua atuação é na área de transição entre o litoral e o sertão;
  3. Tropical quente e semi-árido: Detém a temperatura média anual é de 40°C e um período de estiagem com cerca de 8 meses, correspondendo a faixa do sertão.

Vegetação

A cobertura vegetal sergipana compreende a floresta tropical, o agreste e a caatinga.

Hidrografia

Ainda que apresente uma estreita faixa territorial, Sergipe é drenado por oito bacias hidrográficas, que desaguam no Oceano e formam os rios perenes.

  • Bacia Hidrográfica do rio São Francisco
  • Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba
  • Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe
  • Bacia Hidrográfica do rio Vaza-Barris
  • Bacia Hidrográfica do Rio Piauí
  • Grupo de Bacias Costeiras 1 e 2

Bacias de Sergipe

O estado é cortado por grandes rios, sendo que cinco são os principais: São Francisco, Vaza-Barris, Jarapatuba, Piauí e Real.

Economia

O extrativismo, a agricultura e a pecuária são a base da economia de Sergipe.

Na agricultura, destaca-se o cultivo de cana-de-açúcar (Zona da Mata); laranja (Agreste); e coco-da-baía; fumo; algodão; mandioca (Agreste).

É importante salientar que a sua capital, Sergipe, é o quarto maior produtor de petróleo do Brasil.

Recursos naturais

O estado é um dos maiores produtores de petróleo do país. Em 1985 foi instalada a primeira mina de potássio do país, no estado.

Sergipe também detém de grandes reservas de magnésio, sal-gema e enxofre.

O Pólo Cloroquímico de Sergipe engloba múltiplas unidades industriais de processamento de matérias-primas minerais, tais como as reservas de petróleo, gás, potássio, granito, halita, silvinita, carnalita, calcário e enxofre.

Unidades de conservação

Sergipe abriga 20 unidades de conservação (UC). Destas, oito são particulares, três são da União, duas municipais e sete estaduais.

  1. Reserva Biológica de Santa Izabel (1988)
  2. Parque Nacional Serra de Itabaiana (2005)
  3. Floresta Nacional do Ibura (2005)
  4. Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu (1995)
  5. Área de Proteção Ambiental do Litoral Sul do Estado de Sergipe (1993)
  6. Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco (2007)
  7. Monumento Natural Grota do Angico (2007)
  8. Unidades de Conservação em Fase de Recategorização (1990)

Parque nacional serra de itabaiana

Principais problemas ambientais

Um dos principais problema de Sergipe é o ambiental.

O crescimento urbano tem acarretado os problemas ambientais, com ele há o desmatamento de áreas verdes; impermeabilização do solo com erosões; a intensificação do trânsito e, consequentemente, a poluição sonora; a poluição do ar, dos rios e dos solos; as inundações.

Com isso, há a redução da qualidade de vida das pessoas.

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