Governo Deodoro da Fonseca

Participante do do golpe de Estado republicano e responsável pela Proclamação da República, em 1889, o militar foi o primeiro presidente do Brasil.

Quem foi Marechal Deodoro da Fonseca? Deodoro da Fonseca (1827 – 1892) foi um militar e político brasileiro. Depois de participar do golpe de Estado republicano, em 1889, tornou-se o primeiro presidente do Brasil.

O militar foi o responsável pelo início do novo regime político, iniciando a fase conhecida como Brasil República. Após a Proclamação da República, o Marechal convocou uma Assembleia Constituinte, responsável por elaborar a primeira Constituição Republicana.

Deodoro da Fonseca: Governo Provisório (1889-1891)

Ao assumir a presidência, os primeiros atos do Marechal foram o estabelecimento do caráter Federativo do Estado brasileiro (que passou a se chamar Estados Unidos do Brasil), elevação das províncias à categoria de Estados e adoção do federalismo.

Foto de Deodoro da Fonseca
Foto de Deodoro da Fonseca

Essa fase do governo provisório foi destinada, principalmente, para a reestruturação das instâncias políticas e administrativas, além dos símbolos nacionais. Em relação a estes últimos, o primeiro a ser modificado foi a bandeira. O escudo imperial que ficava no centro foi substituído pelo cruzeiro do sul, e foi acrescentada a inscrição positivista “Ordem e Progresso”.

Estado e Igreja foram desvinculados, o casamento civil foi instituído, instituições e locais públicos deixaram de ter nomes religiosos e monárquicos, sendo substituídos por nomenclaturas laicas e republicanas.

Na política e economia, o novo governo se demonstrou interessado em fomentar a industrialização do país, remunerar o recém-formado contingente de servidores assalariados, além de baratear a liberação de crédito, promover a concessão de obras, entre outras medidas.

O então ministro da Fazenda, Rui Costa, propôs o aumento da emissão de papel-moeda. Tal política gerou uma bolha econômica que ficou conhecida como Encilhamento. O principal motivo foi a relação estabelecida entre a especulação financeira e a prática de apostas em corridas de cavalos.

Por conta do aumento da emissão de papel-moeda sem lastro metálico a inflação aumentou a níveis alarmantes. O Estado tornou-se paupérrimo, ao passo que muitos empresários enriqueceram, dando início à crise do governo do Marechal Deodoro.

Em 15 de novembro de 1880 foi convocada a Constituinte, que definiria, tanto o novo chefe do Estado, quanto os rumos jurídicos do Brasil.

Governo Constitucional (1891)

Praticamente sem apoio ao seu mandato, Deodoro da Fonseca buscou apoio no antigo partido conservador do império para reorganizar o governo e recuperar a economia. Entretanto, passou a ser acusado injustamente de tentar restaurar a Monarquia.

A nova Constituição instaurou o regime presidencialista e, em 25 de fevereiro de 1891, apesar de ter se tornado impopular, o Marechal Deodoro da Fonseca foi eleito indiretamente à presidência.

O nomeado para o cargo de vice-presidente foi o Marechal Floriano Peixoto, aliado de antigos partidários liberais do Império.

Entretanto, o mandado constitucional de Deodoro da Fonseca foi muito curto, com duração de apenas nove meses, até novembro de 1891.

O período ficou marcado por grande instabilidade política. A situação piorou significativamente quando o Congresso propôs uma lei de responsabilidade fiscal. A lei foi considerada uma grave ameaça ao governo, que já estava afogado em problemas econômicos.

Em retaliação, no dia 3 de novembro de 1891 o Marechal Deodoro decretou, o fechamento do Congresso, prisão dos opositores políticos, além de decretação de estado de sítio. O presidente lançou um manifesto ao povo brasileiro, justificando a necessidade de fortalecer o poder Executivo da União.

A deflagração da greve dos ferroviários da Estrada de Ferro Central abalou de uma vez por todas o governo. Aproveitando da situação, o almirante Custódio de Melo liderou a Revolta da Armada de 23 de novembro de 1891.

O objetivo do motim, protagonizado por membros das Forças Armadas, era restaurar a legalidade no regime republicano.

Sem conseguir reverter a situação, o Marechal Deodoro da Fonseca acabou tendo que renunciar ao cargo, que vou assumido pelo seu vice, Floriano Peixoto.

Biografia

Manuel Deodoro da Fonseca nasceu em 05 de agosto de 1827, na Vila Madalena de Samaúma, estado de Alagoas. Seu pai, o militar Manuel Mendes da Fonseca, influenciou todos os filhos a seguirem a mesma carreira. Sua mãe foi Rosa Maria Paulina da Fonseca.

Aos 16 anos, Deodoro da Fonseca, como ficou conhecido na vida pública, ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Lá, até 1847, ele cursou Artilharia.

Participou e deu grandes contribuições para o Exército durante a Revolução Praieira, Guerra do Paraguai e o Cerco de Montevidéu, onde foi líder do movimento antiescravista.

Em 1860, aos 33 anos, casou-se com Mariana Cecília de Sousa Meireles. Porém, o casal nunca teve filhos.

Além da notória carreira militar, decidiu entrar para a carreira militar, tornando-se presidente da província do Rio Grande do Sul.

Faleceu em decorrência de problemas respiratórios, no 23 de agosto de 1892, em Barra Mansa, Rio de Janeiro.

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