A Guerra do Afeganistão

A Guerra do Afeganistão é um conflito que se iniciou em 1979 e ainda perdura. Além da destruição local, já causou milhares de mortes entre militares e civis.

A Guerra do Afeganistão teve início em 1979, quando a União Soviética (URSS) invadiu o país, causando milhares de mortes e um forte impacto financeiro.

No início, era uma guerra entre a URSS e o Afeganistão, entretanto, os Estados Unidos também se envolveram na disputa.

Contexto histórico da Guerra do Afeganistão

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) causou muita destruição aos países europeus, pois aconteceu na própria Europa. Destruiu indústrias e cidades, o que dificultou no abastecimento interno e externo.

Em contrapartida, os Estados Unidos (EUA) saíram ilesos do conflito, conseguindo abastecer o mercado mundial e ajudando financeiramente esses países com empréstimos. Foi dessa forma que os EUA conseguiram se tornar a maior potência do mundo capitalista.

Ocupando a posição de potência mundial, ao longo das décadas, os EUA se viam no “direito” de intervir em todos os acontecimentos do mundo. Esse posicionamento fez com que o país adquirisse diversos inimigos.

Já a URSS, veio logo atrás, ocupando o lugar de segunda maior potência mundial. Ela auxiliava política e economicamente os países do Leste Europeu, assim como estendia sua influência para alguns países da Ásia, como o Afeganistão.

Os EUA e a URSS nunca travaram uma guerra diretamente, mas, sim, em diversas outras partes do mundo. É nesse contexto que tem início a Primeira Guerra do Afeganistão.

Primeira Guerra do Afeganistão

A Primeira Guerra do Afeganistão ocorreu no período de 1979 a 1989.

Em 1979, iniciou-se uma Guerra Civil entre vários grupos afegãos. De um lado, haviam os grupos simpatizantes do marxismo-leninismo e de outro, grupos religiosos, contrários a qualquer ideologia estrangeira.

A URSS apoiava os grupos simpatizantes do marxismo-leninismo, por estarem dentro de sua zona de influência.

Por esse motivo, apoiaram o presidente afegão Babrak Karmal (1929-1996), invadindo o Afeganistão em dezembro de 1979. Esse ocorrido deu início a Primeira Guerra do Afeganistão.

A intenção era fortalecer a influência soviética que vinha se desgastando a algum tempo, além de pacificar o Afeganistão por conta da rebeldia dos grupos afegãos que se levantavam contra o regime comunista. Esse confronto é conhecido como Invasão Soviética do Afeganistão.

Os EUA intervieram na guerra e passaram a auxiliar economicamente a oposição, se aliando à China e aos países muçulmanos (Paquistão e Arábia Saudita).

A URSS ocupou as bases militares do Afeganistão e as cidades mais importantes, o que irritou os rebeldes.

A Primeira Guerra do Afeganistão foi um conflito agressivo que durou 10 anos. Os EUA financiaram militarmente alguns grupos contrários ao comunismo. Depois de algum tempo, esses grupos se voltariam contra os americanos, no momento em que o Afeganistão passa a ser governado pelo regime Talibã.

A morte do embaixador americano no Afeganistão fez com que a relação entre os afegãos e americanos se estremecesse. Com a URSS foi da mesma forma, já que os EUA atribuíram a ela o acontecimento.

A URSS se viu incapaz de lidar com as forças dos rebeldes, além da longa duração da guerra, e foi obrigada a iniciar as negociações para a retirada de suas tropas.

O estado começou a defender que as reformas de esquerda no país fossem anuladas, ao mesmo tempo em que começou a retirar suas operações militares, sobrecarregando o exército afegão.

Quando Mikhail Gorbachev ascendeu ao poder, a URSS ampliou seus esforços para sair de vez da Guerra do Afeganistão. Em 1988, Gorbachev anunciou que retiraria as tropas do Afeganistão gradualmente.

No início de 1989, os últimos soldados soviéticos abandonam o Afeganistão. O conflito rendeu a morte de cerca de 15 mil pessoas para a URSS.

A saída da URSS dificultou a situação dos afegãos na guerra. O fim do apoio fez com que o governo comunista no Afeganistão tivesse fim. O país se tornou uma República Islâmica.

Segunda Guerra do Afeganistão

A Segunda Guerra do Afeganistão começou com uma série de atentados ocorridos no dia 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Esses atentados foram o estopim da guerra, pois atingiram profundamente os americanos. Os atentados foram ao:

  • World Trade Center, Nova York: Símbolo do poder econômico e do capitalismo. Esse atentando provocou aproximadamente três mil mortes.
  • Pentágono, Virgínia: É a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, sendo o símbolo da defesa dos EUA. Esse atentado provou aproximadamente cem mortos e milhares de feridos.

Os atentados foram provocados pelo grupo terrorista Al-Qaed, comandado e financiado por Osama Bin Laden e apoiados pelo regime Talibã.

As práticas terroristas ocorreram no primeiro ano do recém-presidente americano eleito George W. Bush (2001 a 2009). O presidente adotou medidas agressivas contra o terrorismo, sendo o Afeganistão, o alvo central.

Países como a Grã-Bretnha, Alemanha, Canadá, além da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) apoiaram o posicionamento de ataque dos EUA.

Já a Organização das Nações Unidas (ONU) se manifestou contrária aos ataques. Milhares de mortes e destruições marcam esse conflito.

Em maio de 2011, Osama Bin Laden é morto pelo exército americano.

A guerra já dura quase 20 anos. Contudo, os EUA negociam a sua retirada do Afeganistão em troca de concessões da milícia Talibã.

A retirada inclui um cessar-fogo e o fim do apoio ao grupo terrorista Al-Qaeda.

Segundo oficiais americanos, o intuito das negociações seria parte de um acordo inicial que é acabar com a guerra.

Consequências da Guerra

A principal consequência da guerra foi a quantidade de mortes. Muitos militares e civis morreram ou ficaram com sequelas físicas e/ou psicológicas.

A infraestrutura do país ainda está abalada, o que dificulta o acesso a comida e cuidados médicos. Outra consequência foi o gasto financeiro em armamentos.

A ONU tem se esforçado em busca da paz, tentando acabar com o terrorismo e fornecendo ajuda humanitária aos afegãos.

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