Máscaras africanas – Significado, origem, rituais, tipos, produção, materiais

As máscaras africanas são uma representação do povo africano, apresentando a pluralidade de sua sociedade e cultura, no processo criativo e na simbologia.

As máscaras africanas são protagonistas na cultura africana desde a origem da história. De grande importância para os diferentes povos integrantes da África, especialmente aos da região subsaariana, localizada ao sul do deserto do Saara, são elementos culturais de múltiplas dimensões.

Para os seus povos, elas significam um disfarce místico, no qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e utilizá-las em prol da comunidade. Aos demais, principalmente os povos do Ocidente, tornaram-se conhecidas por conta das vanguardas artísticas europeias.

Alguns, inclusive, passaram a inseri-las nas referências artísticas de suas próprias obras.

Significado das máscaras africanas

São listados muitos os tipos, usos e significados das máscaras africanas, porém dentre as suas principais atribuições estão:

  • Disfarce;
  • Presença em rituais;
  • Interação com danças ou movimentos culturais;
  • Parte fundamental nas religiões e mero adereço;
  • Símbolo de identificação
  • Transfiguração;
  • Representação de espíritos da natureza, deuses, seres sobrenaturais, rostos de animas e antepassados.

Influência das máscaras africanas

Grandes artistas, como Pablo Picasso e André Derai, se espelharam nos desenhos abstratos que cobriam as máscaras tribais africanas para os seus próprios estilos de cubismo e fauvismo, ou seja, eles incorporam a cultura africana na pintura da arte ocidental.

Assim, os olhos europeus passaram a admirar os padrões abstratos da arte africana, que não possui traços homogêneos, já que cada comunidade possui seu próprio estilo artístico.

Os materiais usados nas máscaras africanas

As máscaras africanas são esculpidas, não por acaso, com todo um enigma em sua confecção, contemplando desde a autorização do chefe religioso a escolha da madeira e todo o processo criativo.

Inclusive, não é qualquer pessoa que pode esculpir máscaras na sociedade africana, já que ele não é um ser individual, tendo em suas mãos a voz da coletividade. Na maioria das vezes, ele pertence a uma família ou casta de artistas.

Diferentes uma das outras, conforme a ocasião, a cultura e o povo que as utilizam, a maioria das máscaras africanas é feita com madeira, de tom verde, sendo carbonizada com óleos de palmeira. Isso, porque para os africanos a árvore é detentora de poderes mágicos.

Partindo de um tronco cilíndrico, o artista vai afinando com a ajuda de ferramentas, até ficar do modo ideal.

Também são utilizados outros materiais nas esculturas, como é o caso do ouro, do cobre, do bronze, da pedra e do marfim.

Tipos de máscaras africanas

Dentro da pluralidade de seu povo e cultura, as máscaras africanas apresentam também uma diversidade de tipos.

Duas forças principais influenciam o seu estilo, sendo elas: o estilo tradicional ditado pelas crenças sociais e religiosas da comunidade, e a visão individual do escultor.

Há algumas de formas abstratas com padrões geométricos, sendo um exemplo as peças do povo Bwa, localizado em Burkina Faso. Adereços interligados aos espíritos da floresta, seres invisíveis.

Outras são do povo Senufo, na Costa do Marfim, realçando a  paciência e o pacifismo, simbolizados pelos olhos semicerrados.

Distintas dessas estão outros da Costa do Marfim, os Grebo, com os adereços que exibem os olhos bem abertos e redondos.

Outros exemplos são as máscaras africanas com os símbolos de animais, assim como as representações femininas.

Os rituais

Costuma-se dizer que a pessoa que utiliza as máscaras africanas em um ritual torna-se alguém ou alguma coisa. Ou seja, acredita-se que eles se tornam um ente com um mundo espiritual para se comunicar com outros antepassados, espíritos, animais e deuses.

Os rituais se dão com o auxílio das músicas, das danças e vestimentas próprias, criando o ambiente propício para alcançar a essência do espírito.

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