Monocotiledôneas

As monocotiledôneas são as plantas que possuem apenas um cotilédone.

Antes de começarmos a estudar as monocotiledôneas, precisamos recordar um conceito.

Você sabe o que é um cotilédone?

Os cotilédones são as primeiras folhas de um embrião que fica dentro da semente. Eles podem fazer o papel de um órgão de reserva, fotossintético, ou seja, podem ter clorofila e ser verde, e também podem absorver água e nutrientes.

São os cotilédones que mantém a nova planta até a formação das primeiras folhas e depois eles são reabsorvidos pela planta, servindo como fonte de nutrientes.

As angiospermas são divididas em dois grupos: as que possuem apenas um cotilédone, chamadas de monocotiledôneas, ou as que possuem dois cotilédones, chamadas de eudicotiledôneas.

Monocotiledôneas

As monocotiledôneas, muitas vezes chamadas também de “monocots“, são as plantas que possuem apenas um cotilédone, eles são parte do embrião. Elas pertencem a classe Monocotyledoneae ou Liliopsida.

Na maioria das monocotiledôneas, os nutrientes não ficam armazenados no cotilédone, mas sim no endosperma.

As reservas do endosperma são quebradas por enzimas digestivas, o cotilédone (que está com o endosperma) absorve as moléculas quebradas e nutri o embrião, promovendo o crescimento no processo de germinação.

Além disso, as plantas monocotiledôneas são um grupo monofilético, ou seja, todos as suas características são descendentes do mesmo ancestral comum. Entre suas principais particularidades estão:

  • Ausência de crescimento secundário durante todo o desenvolvimento da planta;
  • As folhas possuem apenas um padrão de nervação (disposição dos feixes vasculares): uma nervura longitudinal principal com nervuras secundárias retilíneas e paralelas a ela, classificadas como paralelinérvea;
  • Sistema radicular com ausência de uma raiz principal onde todas as raízes saem do mesmo ponto, ele é chamado de fasciculado ou cabeleira;
  • Feixes vasculares dispersos no tecido fundamental;
  • Presença de medula parenquimática nas raízes;
  • Flores trímeras, ou seja, verticilos florais em múltiplos de três;
  • Grão de pólen monossulcado, ou seja, com apenas uma abertura.

Podemos citar como exemplos de monocotiledôneas: as gramíneas, as orquídeas, a banana, o milho, a Amorphophallus titanum (maior flor do mundo), os coqueiros, as palmeiras, bambu, cana-de-açúcar, bromélias, cebola, gengibre, entre outras plantas.

Crescimento em espessura das monocotiledôneas

As monocotiledôneas não apresentam crescimento secundário, entretanto muitas espécies, os coqueiros e as palmeiras por exemplo, possuem crescimento em espessura no caule.

Dizemos que essas plantas passam por um crescimento difuso, que acontece com a multiplicação dos tecidos primários mais antigos do caule, fazendo assim com que eles aumentem sua espessura e atinjam tamanhos muitas vezes maiores que algumas eudicotiledôneas.

Diferenças entre monocotiledôneas e eudicotiledôneas

Diferenças entre Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas
Diferenças entre monocotiledôneas e eudicotiledôneas

Você pode baixar esse quadro em PDF para estudar clicando aqui.

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