Banco Central vai capacitar 5 milhões de estudantes em educação financeira

Programa PLA-POU-CRÉ deve impactar cerca de 100 mil escolas e mais de 1 milhão de profissionais da Educação. Projeto-piloto já foi aplicado em 2021.

O Banco Central (BC) vai oferecer um curso de educação financeira para mais de 100 mil escolas. As redes municipais, estaduais e federais de ensino devem promover as aulas do programa. O nome da iniciativa é PLA-POU-CRÉ.

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O curso é pautado em “Planejamento (PLA)”, “Poupança (POU)” e “Crédito (CRÉ)”. Dessas palavras foram tiradas as iniciais que formam o nome do projeto. O objetivo, de acordo com o BC, é formar mais de 5 milhões de alunos até o final de 2022. 

Entenda sobre economia e poupança

A primeira etapa do programa abordará questões de orçamento e do fluxo de dinheiro que “entra e sai”. A segunda tratará do conceito de economizar o dinheiro. Poupança ativa e passiva são mecanismos tratados nesta etapa.

A terceira parte do curso vai abordar os diferentes tipos de financiamento e empréstimos. Os alunos saberão como funcionam e quando é indicado utilizá-los.

Vale destacar que as aulas serão voltadas para o Ensino Fundamental. “Talvez a criança não aproveite o CRÉ porque não tem acesso ao sistema financeiro, ou tenha alguma dificuldade com o POU porque os recursos são escassos, mas quero incutir nela o conceito”. É o que diz à Agência Estado o diretor de Relacionamento Institucional do BC, Maurício Moura. 

“Quero que saiba que, se guardar R$ 1 ou R$ 2 de R$ 10, mesmo que seja obtido na rua, e gaste os outros R$ 8, quando chegar ao final de um ou dois meses pode ter uma quantia de dinheiro que ela não tinha”, acrescentou.

Projeto iniciou em abril

A versão piloto (teste) do projeto foi iniciada em abril e atingiu cinco Estados da União. Pará, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e o Distrito Federal participarão.

Nessa primeira etapa foram atingidas 10,4 mil escolas. Ao todo, 1.630 municípios participaram, somando 308 mil alunos. Agora, a segunda fase do programa deve ser ampliada no início de 2022 para atingir os 5 milhões previstos.

Além disso, o projeto também deve impactar os profissionais de educação. Ao todo, 1,2 milhões de trabalhadores de escolas serão englobados.

“Muitas vezes, os professores não têm educação financeira nem para gerir seu próprio recurso e têm pouco tempo para desenvolver programas de educação financeira”, disse o diretor do BC à Agência Estado.

Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

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