Princesa Isabel

A princesa Isabel é uma das mulheres mais conhecidas na história do Brasil.

A princesa Isabel foi uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil por ter assinado a lei que decretou o fim da escravidão no país.

Filha de Dom Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, ela era a primeira na linha de sucessão ao trono após a morte do primogênito dos pais.

Herdeira do trono e casada com o francês Conde d’Eu, nunca pôde assumir o comando do país de fato, devido ao golpe de Estado que resultou na Proclamação da República.

A princesa Isabel foi a primeira mulher a administrar o Brasil, assumindo o posto de Regente do Império. Além disso, ela assumiu o trono por três vezes, substituindo o pai que realizava viagens. Foi durante a sua última regência que ela assinou a Lei Áurea, em 1888.

Biografia

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon e Bragança nasceu no dia 29 de julho de 1846, no Palácio de São Cristóvão, cidade do Rio de Janeiro.

Filha de Dom Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, ela foi a segunda herdeira do casal de imperadores.

Aos 11 meses de idade, se tornou herdeira do trono brasileiro em razão da morte de seu irmão, Afonso Pedro, que faleceu aos dois anos.

Com isso, a princesa Isabel foi nomeada herdeira presuntiva, isto é, ela passou a ter o direito de ocupar o trono. Contudo, tal medida poderia ser cancelada caso fosse o interesse do Imperador.

Algum tempo depois, Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina tiveram o segundo filho do sexo masculino que recebeu o nome de Pedro Afonso.

Assim como o irmão mais velho, ele faleceu ainda na infância. Assim, a princesa Isabel foi novamente nomeada como herdeira presuntiva.

Durante sua infância, ela teve aulas de física, filosofia, astronomia, história e literatura. Além disso, ela aprendeu vários idiomas como o francês, latim, alemão e inglês.

Quando completou 14 anos, a princesa teve que prestar o juramento de manter a religião católica, de obedecer as leis e ao Imperador e de observar a Constituição.

Casamento

Aos 18 anos, a princesa Isabel se casou com o francês, Conde d’Eu. Juntos, eles tiveram quatro filhos, Antônio, Luís, Pedro e Luísa Vitória.

Conde d’Eu não era um sujeito muito bem quisto na Corte. Mesmo assim, ele foi escolhido para comandar as tropas brasileiras na Guerra do Paraguai, em 1869.

Política

Indícios apontam que a princesa Isabel não se interessava por política. Sua preferência era lidar com os assunto domésticos.

No entanto, ela teve que assumir o comando do país em três momentos, pois a herdeira do trono tinha a responsabilidade de administrar o Brasil na ausência seu pai, o imperador.

Sendo assim, as três ocasiões foram:

  • Em 1871, quando foi aprovada a Lei do Ventre Livre;
  • Em 1876 e 1877, quando ocorreu o conflito entre maçons e católicos;
  • Em 1888, quando assinou a Lei Áurea.

Há controvérsias quanto ao papel da princesa Isabel na abolição da escravidão. Seu apoio à causa humanista vem sendo questionado em razão do movimento abolicionista.

A abolição foi resultado de um intenso processo de luta comandado por abolicionistas e escravos ao longo do anos de 1880.

Contudo, coube à princesa Isabel assinar a lei que libertou os escravos, fato que Dom Pedro II talvez não o faria, temeroso da reação das elites que o mantinham no poder.

Alguns historiadores afirmam que a princesa só resolveu se manifestar quanto à questão da libertação dos escravos quando tal ação era inevitável.

Exílio

Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, a família real foi obrigada a sair do país. Sendo assim, a princesa Isabel e sua família partiram rumo a França.

A queda da monarquia foi resultado do enfraquecimento da Coroa durante os anos de 1880. A Coroa perdeu força em razão da figura da princesa Isabel, que não era muito popular entre a elite nacional. Além disso, seu marido não agradava as classes mais altas.

Morte da princesa Isabel

A princesa Isabel faleceu aos 75 anos de idade, em novembro de 1921. Depois da expulsão do Brasil, ela nunca mais retornou ao país.

Atualmente, seus restos mortais estão enterrados em Petrópolis, interior do Rio de Janeiro.

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