Sacro Império Romano-Germânico

O Sacro Império Romano-Germânico foi um vasto complexo de territórios que se desenvolveu durante a Alta Idade Média até 1806.

O Sacro Império Romano-Germânico foi uma monarquia que vigorou desde o feudalismo à Idade Contemporânea. Durou de 800 a 1806 e compreendeu o centro e o norte do continente europeu.

Seu ápice envolveu os atuais territórios da Áustria, Holanda, Alemanha, Bélgica, Eslováquia, Luxemburgo e República Checa.

Além dos países citados, o Sacro Império Romano-Germânico contou com porções da Itália, Eslovêna, Polônia e França.

Carlos Magno e o Império Carolíngio

O Sacro Império Romano-Germânico teve seu início em 800, ano da coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III. Com isso, ocorreu a restauração do Império Romano do Ocidente e Carlos Magno se tornou o imperador dos romanos.

A aliança que Carlos Magno firmou com a Igreja Católica foi essencial para o êxito do seu governo. O Império Carolíngio visava, para além da expansão territorial, propagar o cristianismo. Por isso, ele investiu na formação de clérigos, na literatura, arte e renovação da escrita.

Durante as campanhas militares, Carlos Magno obteve a conquista de um número considerável de regiões. Tais expedições ocorriam em nome da fé cristã, ansiando a ampliação das possessões da Igreja Católica e a conversão dos povos.

Em pouco tempo, Carlos Magno construiu um imenso Império, expandindo os territórios francos e os tornando submetidos a ele.

A união dessas regiões ocasionou o desenvolvimento das regiões rurais e um aumento considerável da população.

Carlos Magno investiu em educação e cultura contratando os maiores intelectuais da época para ministrarem aulas em suas possessões.

Visando garantir uma unidade territorial, o imperador buscou centralizar o poder em suas mãos. Para isso, o Império foi dividido em ducados, marcas e condados, cada qual com seu administrador específico.

Em 814, Carlos Magno falece e o Império passa a ser controlado por seu filho, Luís, o Piedoso. Após a morte de Luís, seus filhos, Lotário, Luís e Carlos começaram a disputar o trono.

A contenda só teve fim com a assinatura do Tratado de Verdun, em 843. O acordo estabelecia a separação do Império em três localidades. Desse modo, o Império Carolíngio foi fragmentado.

Características do Sacro Império Romano-Germânico

Vejamos algumas das características do Sacro Império Romano-Germânico:

  • Composto por diversas etnias
  • Sistema feudal
  • União entre o Estado e a Igreja
  • Diversas línguas
  • Influência da Igreja Católica
  • Arquitetura baseada no militarismo
  • Diversidade cultural

Política no Sacro Império Romano-Germânico

A Dinastia Carolíngia durou até 887, ano da morte de Carlos, O Gordo. Seu sucessor foi Otto I, o primeiro imperador do Sacro Império Romano-Germânico.

Ele era duque da Saxônia, rei da Itália e Alemanha. Sua coroação foi realizada pelo Papa João XII, sob a condição de tornar os estados pontifícios independentes.

Sociedade no Sacro Império Romano-Germânico

A sociedade era dividida em diversos territórios administrados por príncipes, herdeiros nobres, cavaleiros ou bispos.

O imperador era eleito por meio da votação de um seleto grupo. Assim, ele constituía uma monarquia eletiva. Sua coroação era presidida pelo Papa, estando subordinada a ele. A coroa esteve no domínio dos alemães até a dissolução do Império.

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