Ansiedade entre jovens dispara – e seu smartphone pode ser o culpado!
Crescimento no uso de smartphones e redes sociais entre os jovens gera um aumento alarmante nos casos de ansiedade.
A sociedade enfrenta um desafio crescente com o aumento notável nos casos de ansiedade entre jovens. O uso excessivo de smartphones e redes sociais é apontado como um dos principais causadores dessa situação.
Pesquisas da Organização Mundial da Saúde indicam que mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de ansiedade, com um aumento significativo entre adolescentes e jovens adultos. Em paralelo, dados recentes revelam um crescimento alarmante nos atendimentos relacionados a transtornos de ansiedade.
No Brasil, o crescimento nos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) reflete essa tendência preocupante.
A conexão com a tecnologia
Entre 2014 e 2024, houve um aumento de 1.575% nos atendimentos de ansiedade entre crianças de 10 a 14 anos no SUS. Nos adolescentes de 15 a 19 anos, esse crescimento chegou a impressionantes 4.423%.
Pela primeira vez na história, os registros de ansiedade entre jovens superaram os de adultos.
O professor Jonathan Haidt destaca em seu livro, “A Geração Ansiosa”, que a hiperconectividade e as redes sociais são responsáveis pelo aumento dos transtornos de ansiedade em jovens. A constante comparação social e a busca por validação online criam um ambiente estressante.
Vida digital e seus desafios
A Geração Z, que cresceu imersa no mundo digital, enfrenta consequências profundas. A exposição constante a telas e a privação de sono são fatores que contribuem para a ansiedade.
A luz azul suprime a melatonina, impactando o sono e agravando o problema.
Impacto educacional e medidas restritivas
No Brasil, a Lei 15.100/25 proíbe o uso de celulares em escolas, uma tentativa de reduzir a distração e proteger a saúde mental dos alunos. Outros países, como a Austrália, adotaram medidas semelhantes, buscando limitar o uso de redes sociais por menores.
Especialistas defendem a educação digital como solução. Ensinar jovens a usar a tecnologia conscientemente é essencial, sobretudo a partir de políticas públicas focadas na saúde mental e que ofereçam suporte adequado para atender à crescente demanda.
A epidemia de ansiedade entre os jovens reflete mudanças profundas na sociedade. Embora a tecnologia tenha o potencial de conectar, também pode alienar.
Nesse cenário, encontrar um equilíbrio entre os benefícios e os riscos é fundamental para garantir a saúde mental das novas gerações.
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