Aos 90 anos, funcionária do McDonald’s Japão dá exemplo de vitalidade; conheça-a
A alta expectativa de vida dos japoneses estão "empurrando" cada vez mais idosos para o mercado de trabalho, em um movimento que vai na contramão do resto do mundo.
A sociedade japonesa está enfrentando um desafio demográfico significativo à medida que sua população envelhece rapidamente.
Em meio a esse cenário, o Japão está testemunhando um fenômeno curioso: um número cada vez maior de idosos está optando por retornar ao mercado de trabalho, não apenas por necessidade, mas também por desejo.
O Dia do Respeito ao Idoso, celebrado no mês de setembro, destaca a importância desse grupo na sociedade japonesa e ilustra como o país está adotando estratégias para enfrentar a escassez de trabalhadores e lidar com os desafios do envelhecimento da população.
O caso de Tamiko Honda, uma funcionária do McDonald’s de 90 anos, ilustra claramente como alguns idosos estão abraçando a ideia de continuar trabalhando muito depois da idade típica de aposentadoria.
Para ela, o trabalho não é apenas uma fonte de renda, mas também a chave para manter sua saúde e seu bem-estar.
Mesmo com desafios como deficiência auditiva e catarata, que afetam seu hobby anterior de costura, Tamiko encontra alegria e propósito em suas tarefas no McDonald’s.
A história da funcionária mais idosa do McDonald’s Japão
A incrível trajetória de Tamiko é um testemunho de sua determinação e seu amor pelo trabalho.
Nascida em 1933, ela cresceu durante um período tumultuado da história japonesa, a Segunda Guerra Mundial, que deixou uma profunda marca em sua juventude.
Sua carreira foi marcada por anos de dedicação como integrante da equipe de enfermagem em um hospital na cidade de Kumamoto, onde trabalhou até atingir a idade de aposentadoria compulsória para essa função, aos 61 anos.
No entanto, Tamiko não estava pronta para se aposentar e buscou emprego como faxineira em uma universidade local, onde continuou trabalhando até os 67 anos.
A paixão pelo trabalho e o desejo de se manter ativa a levaram a se candidatar a uma vaga no McDonald’s em 2000, após a recomendação de sua única filha.
Mesmo depois da perda da filha para o câncer, há 12 anos, Tamiko encontra forças para continuar trabalhando, fazendo questão de dizer que tem ido bem.
O exemplo de Tamiko no McDonald’s é notável, mas ela não é a trabalhadora mais idosa na rede de restaurantes no Japão.
Esse posto pertence a um homem de 95 anos que trabalha em uma filial na província de Toyama. No entanto, é importante observar que ele não trabalha na rede de fast-food há 23 anos como Tamiko.
A crescente tendência de idosos japoneses ingressando ou permanecendo no mercado de trabalho é um reflexo da necessidade de compensar a escassez de mão de obra e do desejo de muitos idosos de se manterem ativos e envolvidos na sociedade.
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