Apesar de decisão da Justiça, professores da rede estadual seguem com paralisações
Apesar de decisão de Justiça, os professores estaduais do Rio de Janeiro seguirão com a paralisação e reivindicações para a categoria. Greve dura mais de 30 dias.
Os professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro seguem em paralisação, apesar da decisão do Tribunal de Justiça do Estado. Dessa forma, o fim da greve parece estar longe, uma vez que seu início se deu há mais de um mês, no dia 17 de maio.
De acordo com o desembargador e presidente do TJRJ, Ricardo Rodrigues Cardozo, a decisão da paralisação é ilegal e que as negociações devem continuar com os professores trabalhando. No entanto, após a categoria se reunir, o decidido foi manter a greve acontecendo.
Após isso, a categoria marcou para amanhã um “arrastão da greve” nas escolas da rede estadual, para informar qual é a intenção e para onde o movimento vai se desdobrar.
Entenda a manifestação dos professores
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) está paralisando as atividades e reivindicando por alguns direitos básicos da categoria. De acordo com as informações da Sepe, o exigido é que haja a aplicação já decidida do piso salarial nacional do magistério.
Além disso, os professores têm pedido para que seja cumprido o plano de carreira estabelecido pelas leis federais. Por último, há também a solicitação para que todas as faltas por greve sejam abonadas, contando desde 2016.
No entanto, Cardozo considera essas manifestações irregulares e que as atividades da categoria são essenciais para a manutenção da ordem e para o desenvolvimento dos cidadãos. Por isso, decidiu fixar multa de R$ 500 mil ao Sepe, além de outros R$ 5 mil para os seus diretores, caso haja o descumprimento.
Apesar da decisão, greves continuam
Ainda que mais reuniões estejam previstas para os debates das reivindicações, nenhuma das últimas houve qualquer tipo de acordo entre o Estado e a categoria.
Por isso, após reunião na quadra de São Clemente, os professores decidiram que continuarão com a greve, independentemente da decisão judicial. A próxima reunião acontecerá na próxima quarta-feira (28), por determinação do TJRJ, com representantes do Sepe e do governo estadual.
Por fim, de acordo com a Secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, é necessário que haja uma conciliação, uma vez que a prática e a valorização da profissão são essenciais, mas os alunos não podem ser prejudicados pelas reivindicações.
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