Apple perde liderança do mercado global de smartphones e rivais avançam

Vendas do iPhone recuam 10%, ao passo que rivais chineses como a Xiaomi registram rápido crescimento no mercado.

As vendas do iPhone recuaram quase 10% no primeiro trimestre do ano, acima do projetado pela Apple, resultado principalmente da queda nas vendas do modelo no mercado chinês. No mesmo período, Xiaomi e outras marcas chinesas baratas registraram um rápido crescimento.

Segundo dados do rastreador de mercado IDC (International Data Corporation), a marca da maçã vendeu 50,1 milhões de aparelhos nos primeiros três meses do ano, abaixo das expectativas dos analistas. O recuo de 9,6% é o maior desde 2022, quando a pandemia de Covid-19 prejudicou as cadeias de abastecimento mundiais.

A luta da Apple para sustentar suas vendas na China começou em setembro, com o lançamento da família do iPhone 15, e foi alimentada pelo ressurgimento das concorrentes Huawei e Xiaomi. Pesando ainda mais nas vendas, Pequim proibiu a presença de dispositivos estrangeiros no local de trabalho.

As informações da IDC dão uma ideia geral sobre o desempenho global do novo aparelho da marca antes da divulgação de seus resultados, prevista para o dia 2 de maio.

Rivais aproveitam brecha

A amarga queda da Apple é particularmente preocupante porque o mercado móvel registou o seu melhor crescimento em anos no primeiro trimestre. As vendas de smartphones chegaram a 289,4 milhões de aparelhos no período, alta de 7,8% frente ao nível mais baixo do ano passado.

Com resultado dessa oscilação, a Samsung recuperou a liderança como a maior fabricante de smartphones do mundo em volume, segundo a International Data Corporation, após aumentar as remessas em 85%. A marca, que em janeiro lançou o Galaxy S24, alcançou participação de 23%.

Já a Xiaomi viu suas vendas dispararem 34%, garantindo uma fatia de 14% do mercado de celulares. O volume dá a ela o terceiro lugar do ranking, logo abaixo da Apple, que tem 21% de participação.

“O mercado de smartphones está emergindo da turbulência dos últimos dois anos mais forte e mudado”, afirmou Nabila Popal, diretora de pesquisa da IDC. “Embora a Apple tenha sido super resiliente e visto um grande crescimento nas remessas e na participação nos últimos anos, será um desafio para ela manter o ritmo de crescimento e o pico de participação que viu em 2023”, completou.

Fora do top 3, a fabricante de smartphones com crescimento mais rápido é a Transsion, nome por trás das marcas Tecno, Itel e Infinix. Líder de vendas na África, a empresa aumentou as vendas em 85%, para 25,2 milhões de unidades, alcançando o quarto lugar em volume.

“A Xiaomi está voltando forte das grandes quedas experimentadas nos últimos dois anos e a Transsion está se tornando uma presença estável entre as cinco primeiras com um crescimento agressivo nos mercados internacionais”, acrescentou Popal.

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