Artista de mangá critica vestimenta de meninas japonesas na escola: ‘é estúpido’

Autor de revista mangá, conhecido pela saga Moyashimon, Masayuki Ishikawa abalou as redes sociais nos últimos dias ao fazer críticas ao uniforme escolar das meninas no Japão. Entre intelectuais, o autor é uma referência para os fãs do gênero, mas os comentários ganharam uma repercussão ainda maior. Confira.

Autor de mangá criou grande polêmica ao falar dos uniformes

O autor tem uma filha que está na escola e resolveu compartilhar no Twitter com algumas questões que precisou lidar. Veja abaixo o seu tweet traduzido:

“Eu costumava pensar que as garotas do ensino médio eram realmente duras, com a forma como elas andam com as pernas nuas [no inverno], mas as regras na escola que minha filha frequenta incluem que as únicas coberturas para as pernas que elas podem usar [além da saia] são as meias especificadas pela escola. Se eles usam algo mais do que isso, os professores gritam com eles, dizendo que estão todos embrulhados em meia-calça, [Uniqlo] Heat-Tech e outras roupas internas forradas”, indagou o artista.

Jkは生脚で根性あるなあと思っていたけど、うちの娘のとこは校則で指定の靴下しか履いてはいけないのだとか。タイツだヒートテックだ裏起毛だで全身固めた先生に怒られるから仕方ないのだ。大人がペラペラプリーツに靴下のみで外歩いたら2秒で腹壊すよ！なぜ男にわかるんだだと？実践の上での批判だ！

— 石川雅之 (@isk_ms) January 25, 2023

Entenda o objetivo do tweet

O questionamento em si não diz respeito entre a diferença de tratamento entre uma menina e um rapaz na escola, mas sim entre os alunos e os professores. Enquanto os alunos são impedidos de utilizarem certas vestimentas, os professores e administradores, donos das políticas de vestimentas, usam o que se sentem confortáveis para que possam se proteger do frio.

O post de Ishikawa alcançou mais de 30 mil curtidas e seus seguidores concordaram com a posição. Pessoas estas que, provavelmente, enfrentaram a mesma situação da filha do artista. Em um relato no post, inclusive, revelou que uma colega de classe chegou a ter feridas nas pernas por conta do frio e por não poder fazer uso de calça.

Em abril, com o início do ano letivo no Japão, algumas regras poderão ser mudadas, inclusive a questão do inverno e as alunas passando frio. A proposta poderá ser considerada, como também há chance de sequer notarem a repercussão do post.