Assim como os humanos, animais também ficam de luto?

Assim como nós, animais precisam lidar com a perda de alguém querido. A diferença está em como isso ocorre.

O luto é um processo natural e emocionalmente indispensável para assimilar a perda de alguém querido. Esse processo tem fases, que incluem negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, cada uma trazendo diferentes sentimentos.

Essa trajetória após a perda, que pode levar anos, ajuda os humanos a lidar com a ausência e a dor, permitindo-lhes reorganizar suas vidas para o futuro.

Ao fazer um paralelo entre o processo de perda em humanos e animais, surge a pergunta: os animais também passam por um processo de luto?

Nos humanos, o luto é bem documentado e compreendido, com reações emocionais e comportamentais amplamente estudadas. Já nos animais, essa questão ainda gera debates e investigações científicas.

Existe um “luto animal”?

Embora não haja comprovações científicas definitivas que apontem para a existência de um luto formal em animais, como cães, gatos ou aves, há diversos indícios comportamentais que sugerem que eles sofrem de alguma forma com a perda de outros animais próximos ou de seus tutores.

Muitos cães demonstram tristeza e apatia após a perda de um companheiro ou tutor. Imagem: reprodução

Um estudo recente observou 426 cães após a perda de animais com quem conviviam. Como resultado, notou-se que todos os 426 cães apresentaram alterações comportamentais (em diferentes níveis de intensidade), especialmente nas expressões emocionais e de humor, e no tempo de sono.

Esses sinais sugerem que os cães experimentam algo semelhante ao luto humano, manifestando tristeza e mudanças de comportamento quando perdem um companheiro.

Além disso, há muitos relatos de cães que visitam o túmulo de seus falecidos tutores, permanecem em locais específicos esperando que seus tutores voltem e até de animais que ficaram completamente apáticos e morreram pouco tempo depois de seus donos.

Esses comportamentos indicam uma profunda ligação emocional e uma resposta significativa à perda.

Eles também precisam de apoio

A verdade é que ainda não se sabe ao certo como o cérebro de um animal processa o período correspondente ao luto.

Entretanto, o fato é que a ausência de provas concretas não nega as evidências comportamentais observadas, que mostram claramente que os animais também sofrem de alguma forma com a perda.

Portanto, é fundamental observar os animais durante esses momentos difíceis e fornecer o suporte necessário.

Reconhecer e responder aos sinais de sofrimento nos animais pode ajudá-los a lidar melhor com a perda, assim como fazemos com nossos semelhantes humanos.

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