Não sabemos onde está a maioria dos asteroides nem o ponto cego que ameaça a Terra

Um asteroide do tamanho de um pequeno caminhão passou perto da Terra no dia 26 de janeiro de 2023, chamando a atenção para a importância da prevenção de asteroides que possam realmente causar danos no futuro, de acordo com os astrônomos.

Embora não tenha apresentado riscos ou ameaças aos seres humanos, a aproximação desse asteroide levanta questões sobre a detecção e prevenção de impactos de asteroides de tamanho similar.

O asteroide em questão é conhecido como 2023 BU e está na extremidade menor de um grupo maior de asteroides com diâmetros de 5 a 50 metros.

Detectar objetos dessa dimensão é difícil, a não ser que estejam muito perto da Terra, tornando difícil qualquer esforço de preparação para um possível impacto em áreas povoadas. Isso cria um ponto cego no monitoramento e prevenção de impactos de asteroides.

Probabilidade baixa

Considerando que uma rocha de 5 metros atinge a Terra uma vez por ano e uma rocha de 50 metros, uma vez a cada mil anos, a probabilidade de um impacto na Terra por uma rocha espacial nessa faixa de tamanho é baixa. No entanto, a probabilidade aumenta com o tamanho do asteroide.

De acordo com as capacidades atuais, os astrônomos não conseguem detectar quando uma rocha desse tipo atinge a Terra até dias antes do impacto. Isso deixa a Terra vulnerável a possíveis impactos que poderiam ser evitados com uma melhor capacidade de detecção.

A NASA tem priorizado a detecção de asteroides maiores e mais ameaçadores do que o 2023 BU. No entanto, os astrônomos consideram um risco confiar apenas nas probabilidades estatísticas e estimativas da população de asteroides.

Em vez disso, deveria haver melhorias na capacidade da NASA de detectar asteroides menores que possam representar uma ameaça à Terra.

Terik Daly, um especialista em asteroides, disse:

“Quantos perigos naturais existem sobre os quais poderíamos realmente fazer algo e prevenir por 1 bilhão de dólares? Não há muitos.”

A detecção de asteroides ganhou importância depois que uma empresa norte-americana lançou uma espaçonave do tamanho de uma geladeira contra um asteroide para testar a capacidade de desviar uma rocha espacial de uma trajetória de colisão potencialmente perigosa com a Terra.

Conclusão

Embora a maioria dos asteroides que representam uma ameaça à Terra sejam detectados com antecedência, a detecção de asteroides menores, como o 2023 BU, é difícil devido à sua dimensão.

Isso cria um ponto cego na monitoração e prevenção de impactos de asteroides, deixando a Terra vulnerável a possíveis impactos que poderiam ser evitados com uma melhor capacidade de detecção. Melhorias na capacidade da NASA de detectar asteroides menores devem ser feitas para garantir a segurança da Terra contra possíveis impactos.