O alcance do lixo: pesquisadores alarmados com nova estrutura marinha
O acúmulo de lixo no oceano sempre foi um problema grave, mas as interações causadas por essa questão são inesperadas.
Não é de hoje que a população global está sendo alertada dos riscos do despejo do lixo no oceano. Mas o que a ciência não esperava era a criação de um novo ecossistema a partir desse grave descuido. Com esses resíduos, novas espécies estão invadindo uma nova região, que é a do mar aberto, causando competição com os organismos nativos desse novo local.
Acúmulo de lixo no pacífico
Sendo essa a maior faixa de acúmulo de lixo no Oceano Pacífico, o local ganhou o triste nome de “A grande ilha de lixo do pacífico’’, sendo reconhecida por cinco grandes correntes que levam o lixo para o centro desse local e o deixam lá.
Uma das grandes questões é que com essa grande carga sendo transferida, muitos invasores se aproveitam desse novo local.
Essa ‘’grande ilha’’ se apresenta como uma extensa mancha, onde sua formação principal é composta por microplásticos que passam despercebidos por satélites.
Entretanto, torna-se muito perceptível aos navegantes da região, tendo em vista a sua concentração numerosa de lixo.
Recentemente, um estudo feito revelou um acontecimento intrigante. Ele mostrou que muitas espécies de organismos invertebrados, que são mais comuns nas regiões costeiras, conseguiram se manter, se transportar e se reproduzir naqueles plásticos à deriva no alto mar.
Desequilíbrio ecológico
O plástico, diferente dos materiais orgânicos, leva cerca de 450 anos para se decompor. A atual descoberta é que sua grande poluição nos mares está levando a construção de novos ecossistemas.
Esses ecossistemas, por sua vez, abrigam novas espécies e essas normalmente não sobreviveriam neste ambiente em outras condições.
A criação desse novo ecossistema mostra os outros graves impactos da poluição dos mares, pois demonstra como esse ato está impactando a fauna local de maneiras até então não conhecidas pela ciência, havendo também a possibilidade de profundas alterações oceânicas.
Ainda não é possível mensurar os impactos dessas alterações, mas elas já não se apresentam de forma positiva, visto que já existe uma competição interna e externa dessas novas espécies, podendo causar um desequilíbrio ecológico.
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