Atenção, pais: xarope para tosse pode ter causado a morte de até 18 crianças

Cerca de 18 crianças com problemas respiratórios gravíssimos chegaram a falecer. O uso do xarope Doc-1 Max, fabricado pela Marion Biotec – uma empresa indiana – tem sido apontado como o causador da morte das mesmas. As crianças fizeram uso de 2,5 a 5 ml do xarope por duas ou quatro vezes por dia, o que não é a  quantidade estabelecida para uma criança.

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Foi apurado também, como indicou o Ministério da Saúde de Uzbequistão, que todos esses pequenos fizeram uso da medicação sem a receita médica.

Xarope matou 18 crianças no Uzbequistão e 63 crianças na Gâmbia

Na última terça-feira, 27, o Ministério da Saúde de Uzbequistão emitiu uma nota apontando que, das 21 crianças doentes, 18 chegaram a falecer vítimas de uma doença respiratória grave. Segundo o comunicado, o xarope para a tosse continha quantidades significativas de etileno glicol, químico que não deveria compor tal medicação.

Coincidentemente, a Gâmbia emitiu um comunicado anterior ao caso de Uzbequistão, apontando que encontrou altos níveis de etilenoglicol e dietilenoglicol em xaropes fabricados pela Maiden Pharma. Na Gâmbia, esses xaropes causaram lesão grave renal e já ocasionou a morte de mais de 60 crianças.

Após o ocorrido na Gâmbia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu a exportação dos xaropes da Maiden Pharma. Em contrapartida, a fabricante indiana apontou que a OMS tomou uma decisão precipitada ao ligar a morte das crianças aos medicamentos em questão.

Ministério da Saúde advertiu sobre o caso

Mediante ao acontecimento, o Ministério da Saúde de Uzbequistão emitiu um comunicado informando a causa das mortes. O relatório apontava que as crianças não tinham liberação médica para ingerir o Doc-1 Max.

“Como o principal componente do medicamento é o paracetamol, o xarope Doc-1 Max foi usado incorretamente como remédio antigripal por recomendação dos vendedores de farmácia. Esse foi o motivo da deterioração do estado dos paciente. Foi possível ver que esta série de xarope Doc-1 Max contém etilenoglicol. Essa substância é tóxica, e cerca de 1-2 ml/kg de uma solução concentrada a 95% pode causar sérias alterações na saúde do paciente, como vômitos, desmaios, convulsões”, apontou o comunicado ao país.