Aula chata? Problemas e soluções para deixar a aula interessante
Para te ajudar, apresentaremos a seguir sete problemas comuns das aulas chatas, seguidos das suas respectivas soluções.
Algumas aulas realmente parecem um pesadelo sem fim. A mente não trabalha, o sono ocupa lugar e o conteúdo vai pro ralo junto com o seu ânimo de estudar. Não tem como escapar, todo mundo em algum momento da vida já passou por essas situações indesejadas, ainda mais quando a matéria foge totalmente do seu interesse e o professor simplesmente não muda a metodologia de ensino que já está defasada há anos.
Pode parecer que não tem jeito, que não há chances de você se sentir estimulado e aumentar os seus rendimentos, mas é hora de modificar essa visão e reverter o jogo. Mexer as peças da partida pode ser a solução para este problema, nem que seja você mesmo o responsável por essa tarefa.
Pense: todos vão ganhar caso sejam adotadas novas posturas por parte dos educadores, portanto, tente detectá-las e espalhá-las por todos os lugares de circulação dos seus professores, sem moderação. Para te ajudar, apresentaremos a seguir sete problemas comuns das aulas chatas, seguidos das suas respectivas soluções:
1 – Realizar leituras constantes em sala de aula
Estudar já não é uma tarefa fácil, mas ouvir o professor com as suas enorme leituras pode deixar tudo ainda muito pior. É claro que vai gerar um enorme comodismo e uma baita sonolência por parte do aluno. Os artifícios úteis, como o projetor de slides ou textos impressos, só surtirão efeitos positivos caso sejam utilizados com moderação. Quando o professor focaliza sua atenção no que está escrito, ou seja, passa à aula inteira lendo os conteúdos, a mesma perde o dinamismo, a possibilidade de interação e ainda abre brechas para perguntas do tipo: “Será mesmo que eu preciso de um instrutor para me ensinar isso? Ler alguns livros no conforto da minha casa não seria o suficiente?”. Observe os comportamentos dos seus alunos. É inevitável a sequência de bocejos que permeiam pela sala quando são forçados a ficar no modo de espera, até que o docente pare de ler os slides ou os textos aparentemente desinteressantes.
Solução: Vai apresentar slides? Então opte por citar tópicos simples com algumas palavras-chave e tente desenvolvê-los oralmente. Se preferir utilizar textos impressos, tente fazer interrupções de tempos em tempos, preferivelmente de dois em dois parágrafos. Durante as pausas, aproveite para fazer comentários ou contextualizações sobre o tema abordado.
2 – Ignorar a desordem
Quando a sala está em total desordem, não adiante disfarçar o problema e continuar dando o conteúdo normalmente. Os alunos vão perceber a falta de postura do professor e, consequentemente, desmerecer a sua seriedade. As conversas vão se multiplicar e a concentração da turma vai para o espaço.
Solução: Se alguns alunos não estão interessados em colaborar com a aula, faça algumas interrupções para chamar a atenção dos mesmos. Lembre-se que muitos outros podem estar dispostos a aprender, mas não conseguem aumentar a produtividade nas aulas.
3 – Enrolar o aluno
É certo que a interdisciplinaridade enriquece a aula, mas usada de forma incorreta ou até mesmo exagerada pode gerar um desgaste enorme por parte dos alunos. Isso porque, ao abordar determinada temática, alguns professores começam a viajar nos exemplos e acabam por se perder na explicação. Os alunos se sentem enrolados e se vêem em meio a um ciclo de improvisação.
Solução: Para não se perder em meio a tantos conteúdos, faça alguns esquemas com antecedência para as aulas, sejam através de escritas num papel, tópicos em slides, ou até mesmo em registros mentais. Tenha total clareza e segurança sobre o tema que será abordado, pois isso aumentará a credibilidade e o interesse do aluno.
4 – Passar exercícios desnecessários
Se o objetivo é manter o aluno ocupado, que seja com atividades que contribuam para a sua formação. É visível quando o professor inventa alguma atividade só para passar o tempo ou até mesmo para conseguir concluir outra obrigação. Acredite: isso deixa aula chata. Os alunos ficam impacientes e se sentem infantilizados diante da situação.
Solução: Vai passar uma atividade? Se certifique da sua importância para os alunos. Faça com que eles compreendam o motivo pelo qual tenha que fazer aquilo, pois isso dará motivação para que as mesmas sejam concluídas sem questionamentos.
5 – Dar atenção apenas para alguns alunos
Pode parecer impossível dar atenção para tantos alunos em uma sala de aula, mas é assim que tem ser. Não dá para priorizar diálogos apenas com alguns alunos ou grupos específicos. Aqueles que estão fora da conversa provavelmente vão se sentir excluído e desmotivado a participarem das aulas. Não os deixem com a função de espectadores.
Solução: Se alguns alunos fazem perguntas muito específicas, que não são de interesse da turma toda, os professores devem respondê-las brevemente ou pedir para que o aluno anote-a e o consulte em outro momento, preferivelmente no final da aula. Assim, não perderá o foco no conteúdo que está sendo aplicado.
6 – Impor que todos os alunos falem em um debate
Quando um professor quer estimular a turma em um debate, geralmente exigem a participação de todos os alunos. Pode parecer inteligente, mas essa atitude típica dos bem-intencionados pode gerar um exagero de opiniões sem muita significância. Alguns estudantes se sentem irritados com essa metodologia ultrapassada e logo desfazem da postura do professor, pois aqueles que estão realmente interessados querem discussões mais produtivas e aqueles que não estão muito a fim de contribuir para a abordagem se sentem em uma saia justa.
Solução: Vai realizar um debate? Então faça o convite para que todos os alunos participem e contribuam com a sua opinião. Não imponha a fala como uma obrigação, pois isso poderá inibi-los.
7 – Exagerar no uso da linguagem formal
O uso da linguagem técnica em excesso, típicas de professores das áreas de Direito ou Ciências Biológicas, podem ser muito chatas quando aplicadas em sala de aula. Isso pode desestimular o aprendizado do aluno quando não estão adaptados a usá-las. Conteúdos simples podem se transformar em meras aberrações da natureza, além de dar a impressão que o docente só quer aparecer.
Solução: Tente ser claro e objetivo ao abordar qualquer assunto. No momento de planejar as aulas, reserve um período para selecionar palavras simples, de fácil entendimento, mesmo quando for para explicar realidades complexas. Isso não quer dizer que o professor deve abandonar a linguagem técnica, adquirida com muito estudo, mas, oralmente, é preferível que se comunique de maneira mais pontual.
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