Baleia-jubarte responde ao chamado de cientista e ambos conversam por 20 minutos

Pesquisadores da Universidade da Califórnia registram diálogo único de 20 minutos com a baleia-jubarte Twain.

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis, conhecido como Whale-SETI, realizou uma comunicação inédita com a baleia-jubarte chamada Twain.

Esse diálogo de 20 minutos representa um passo significativo na compreensão das formas de comunicação entre espécies terrestres e, por extensão, com inteligência extraterrestre.

O projeto, liderado pela Dra. Brenda McCowan, contou com o auxílio de especialistas do Instituto SETI e da Fundação Baleia do Alasca. A equipe de pesquisa conseguiu estabelecer uma troca de sinais com Twain, que respondeu ao sincronizar com precisão os intervalos dos chamados emitidos.

Tal iniciativa destaca a importância do estudo das complexas vocalizações das baleias-jubarte, cujas canções apresentam padrões rítmicos repetitivos, conforme identificado pelo biólogo Roger S. Payne em sua pesquisa pioneira nos anos 1960.

Baleia-jubarte quase foi extinta pela caça de cetáceos, uma atividade muito comum em alguns países (Imagem: Reprodução)

Conservação e avanços tecnológicos

O trabalho de Roger S. Payne, com suas expedições e gravações de canções de baleias, foi crucial para o movimento de conservação conhecido como ‘Save the Whales’. Seu esforço inspirou a pesquisa moderna sobre a comunicação das baleias.

Os cientistas do Whale-SETI utilizam matemática e inteligência artificial para analisar padrões de comunicação das baleias, como o canto estruturado.

Tal abordagem inovadora sugere que mensagens inteligentes poderiam ser identificadas, mesmo sem serem direcionadas aos humanos.

Com o apoio da Fundação Templeton, o estudo combina bioacústica e a busca por inteligência extraterrestre, assim traz novas perspectivas sobre a inteligência não humana.

História da caça às baleias

As baleias-jubarte têm fascinado a humanidade por milênios, porém, não foram sempre tratadas com a consideração que merecem.

As primeiras evidências de caça a esses gigantes marinhos remontam a 6.000 a.C., conforme gravuras neolíticas feitas na Coreia do Sul. Posteriormente, povos como os noruegueses usaram as baleias para subsistência a partir de 2.000 a.C.

Outras comunidades, como as da Groenlândia, Ilhas Fenícias e Aleutas, também dependiam desses animais para alimentação e combustível.

Apesar disso, entre os séculos 11 e 20, a caça comercial ameaçou tais espécies de extinção. Atualmente, a caça na Groenlândia é restrita a poucas capturas anuais, ainda para fins de subsistência.

O avanço na comunicação com Twain pode revolucionar a nossa compreensão sobre inteligência e comunicação interespécies.

Além disso, reforça a importância de conservar com essas criaturas majestosas, que ainda têm muito a nos ensinar sobre a vida em nosso planeta e além dele.

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