‘Batom’ de 3,7 mil anos é descoberto no Irã: ele é o mais antigo do mundo

Um "batom" de 3,7 mil anos foi descoberta por arquéologos no Irã. Veja mais detalhes sobre essa revelação.

A história do batom acaba de ser reescrita com uma descoberta surpreendente no Irã. Pesquisadores se depararam com o batom mais antigo já visto, datado da Idade do Bronze, entre 1900 e 1700 a.C.

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A revelação veio de uma análise detalhada de um cosmético encontrado em 2001, na cidade de Jiroft, situada no sudeste do Irã. Um estudo sobre o assunto foi publicado no Scientific Reports.

Batom de 3,7 mil anos é revelado no Irã

Foto: Federico Zorzi

Arqueólogos, em colaboração com a Universidade de Pádua na Itália e a Universidade de Teerã no Irã, examinaram uma “garrafa” de cor vermelho-escuro, originária de escavações provocadas por uma enchente do rio Halil. Essa enchente, que remonta ao terceiro milênio antes de Cristo, revelou cemitérios e, entre os artefatos, estava o batom em questão. A composição do batom é o que mais chamou a atenção: elementos à base de hematita, manganita e braunita, misturados com ceras e óleos vegetais, além de outros materiais como o someh (um pó preto usado como delineador), e a hena (muito usada para tingir os cabelos).

A semelhança com os batons modernos surpreende pela tecnologia cosmética já existente naquela época. Em nota, o professor Mássimo Vidale, da Universidade de Pádua, diz “Esta descoberta revela que artesãos iranianos de 5.000 a 4.000 anos atrás já haviam desenvolvido um conhecimento muito avançado sobre compostos metálicos, naturais e sintéticos que poderiam produzir não apenas delineador de olhos de kohl preto, base facial de chumbo branco, mas muito mais”, ressaltou.

A importância cultural do batom no Irã antigo

O portal Live Science, ao noticiar a pesquisa, enfatizou que, embora o proprietário exato do batom permaneça um mistério, é evidente que produtos de beleza como esse eram comumente usados por mulheres no Irã durante o período da Idade do Bronze. Esse uso sugere não apenas uma preocupação estética ou de embelezamento pessoal, mas também aponta para práticas culturais e sociais profundamente enraizadas na civilização da época.

A descoberta do batom de 3,7 mil anos no Irã é um lembrete fascinante de que a busca pela beleza e a utilização de cosméticos para expressar identidade e status social são práticas milenares, refletindo a complexidade e a riqueza das culturas antigas. O batom dentre outros achados arqueológicos podem ser encontrados em exposição na coleção do Museu Arqueológico de Jiroft.

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