Bill Gates indica livro que pode melhorar sua comunicação; conheça

Em seu blog pessoal, o GatesNotes, bilionário recomendou a leitura para melhorar a comunicação e conexão, em especial para quem é introvertido.

Construir conexões genuínas sempre foi um desafio, especialmente para pessoas mais introspectivas, como é o caso de Bill Gates. No entanto, ele acredita que todos podem aprender a se conectar de maneira mais profunda e significativa.

Em seu blog pessoal, o GatesNotes, o bilionário destaca o livro ‘Como conhecer bem uma pessoa: a arte de ser visto e ver profundamente os outros’, de David Brooks, como uma ferramenta indispensável para quem busca aprimorar suas habilidades de comunicação e fortalecer suas relações.

Segundo o próprio Gates, este livro oferece insights valiosos sobre como ‘ver’ e entender os outros de forma que vá além das interações superficiais e, em última análise, ajuda a criar um sentido mais profundo de comunidade e pertencimento.

Brooks, jornalista renomado e autor de outras obras de peso, propõe que a habilidade de conexão não é apenas inata, mas pode ser aprimorada com prática e intencionalidade.

Gates reforça essa perspectiva ao dizer que, mesmo alguém mais reservado pode, com dedicação, transformar a forma como se comunica, e que Brooks apresenta uma espécie de guia prático para isso.

Ele se identifica com a obra ao lembrar de sua infância, quando sua mãe o incentivava a interagir com os outros, acreditando que isso seria fundamental para sua vida.

Técnicas para uma conexão verdadeira

A obra de Brooks não se limita a teorias; ela oferece dicas práticas que vão desde perguntas abertas, que incentivam conversas mais ricas, até a técnica de ‘looping’, onde se parafraseia o que o interlocutor disse para confirmar a compreensão e gerar mais engajamento.

Essas práticas, que Gates aplica em seu dia a dia, promovem um tipo de escuta ativa e atenta, que Brooks chama de ‘loud listening’, ou escuta intensa.

Além disso, o autor sugere o método SLANT, que inclui:

  • Sentar-se direito (‘seat straight’ em inglês);
  • ‘Lean forward’ (inclinar-se para frente);
  • ‘Ask questions’ (fazer perguntas);
  • ‘Nod’ (assentir ou acenar com a cabeça em concordância com a pessoa que fala);
  • ‘Track the speaker’ (acompanhar o falante).

Segundo Gates, essa abordagem contribui para fortalecer qualquer tipo de relacionamento, seja com amigos, familiares ou colegas de trabalho.

Para Brooks, esses gestos podem ser usados em qualquer interação, até nas mais cotidianas, como uma troca casual enquanto se espera na fila.

Um simples cumprimento ou gesto de atenção sincera pode transformar um encontro comum em um momento que deixa uma impressão positiva e cria um sentimento de comunidade de acordo com o Bill Gates.

Tecnologia desafia a conexão humana

Outro ponto fundamental da obra é a reflexão de Brooks sobre o papel da tecnologia na sociedade moderna.

Gates lembra que, em seu livro ‘A estrada do futuro’ (em inglês: ‘The road ahead’), publicado em 1995, ele acreditava que a tecnologia seria um catalisador de novas conexões sociais.

No entanto, Brooks argumenta que a internet e as redes sociais, apesar de aproximarem as pessoas, contribuíram para o aumento do isolamento e da desconfiança.

A obra traz dados alarmantes sobre o aumento de casos de depressão, suicídio e polarização social, reforçando a ideia de que a tecnologia, quando não usada com discernimento, pode prejudicar a qualidade das conexões humanas.

Para Brooks, além de fomentar o isolamento, a polarização política tem se tornado um obstáculo à conexão verdadeira.

Ele sugere que o entendimento mútuo deveria ser o foco dos debates, ao invés de se limitar a confrontos que apenas reforçam divisões. Gates endossa essa ideia e vê a obra como um recurso que ensina o valor da empatia e da compreensão, qualidades essenciais para um convívio social mais saudável.

Empatia e autoconhecimento

Brooks não apenas discute a importância da empatia, mas também do autoconhecimento, que considera a base para entender e respeitar as complexidades dos outros.

Ele defende que, ao desenvolvermos nossa própria consciência emocional, somos capazes de nos abrir para os outros de forma mais honesta e genuína, criando espaço para diálogos construtivos e enriquecedores.

Ao abordar temas como vulnerabilidade e autenticidade, Brooks mostra que essas são habilidades que contribuem para um mundo mais acolhedor e menos hostil.

*Com informações de GatesNotes e Concursos no Brasil.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.