Braço esquerdo ou direito? Onde usar o relógio?
Conheça a origem e as razões práticas por trás da escolha do pulso para usar o relógio, desde a invenção deste acessório até as preferências modernas.
Todo mundo já ficou em dúvida sobre em que braço usar o relógio. Desde sua invenção em 1812 por Abraham Louis Breguet, o relógio de pulso se transformou de um objeto de adorno feminino para um acessório essencial no vestuário masculino e feminino. Entretanto, foram convencionados algumas regras de etiqueta.
Onde usar o relógio?
Existem regras de etiqueta para uso do relógio de pulso / Imagem: Anna Tis/Pexels
O primeiro modelo masculino veio a ser por uma necessidade prática, projetado por Louis Cartier para o aviador Alberto Santos-Dumont. Adotou-se então a prática de usar o relógio no pulso esquerdo, que tem raízes em considerações práticas que datam desde os primeiros dias do relógio de pulso.
O uso no pulso oposto à mão dominante, por exemplo, protege o relógio de possíveis danos durante atividades diárias e facilita a verificação das horas sem interromper tarefas realizadas pela mão ativa. Esse costume também minimiza o desconforto ao escrever, além de prevenir arranhões e danos ao relógio, dada a tendência da mão dominante estar mais exposta a impactos e fricções.
Os primeiros usuários de relógios de pulso masculinos, especialmente os aviadores, já observavam a importância de manter as mãos livres e sem distrações, essencial para a segurança e eficiência em suas atividades. Esse entendimento cruzou fronteiras do funcional para o estético, onde a escolha do pulso para o relógio se tornou também uma questão de estilo pessoal e preferência.
Além disso, algumas pessoas usam o relógio com o mostrador voltado para o interior do pulso, uma prática comum entre militares para facilitar a leitura do horário em situações de combate e minimizar reflexos que possam denunciar sua posição.
Embora tradicionalmente se recomende o uso do relógio no pulso não dominante, a decisão hoje em dia se expande para além das normas. Fatores como o tipo de relógio, a ocasião e, sobretudo, o conforto pessoal influenciam essa escolha.
Modelos com a coroa posicionada de forma específica podem oferecer mais conforto em um pulso específico, enquanto a situação – seja um evento formal ou uma atividade esportiva – pode ditar a preferência por praticidade ou estilo.
Assim, enquanto a tradição sugere o pulso esquerdo para os destros e o direito para os canhotos, a modernidade nos convida a repensar: a escolha do braço para usar o relógio é um reflexo da nossa individualidade, do nosso conforto e das nossas necessidades.
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