Busca por empréstimos aumentou entre o público feminino
Segundo índices do FinanZero de empréstimos, pela primeira vez em dois anos, o público que mais solicita empréstimos mudou
Segundo índices do FinanZero de empréstimos, pela primeira vez em dois anos, o público que mais solicita empréstimos mudou e a maior parcela de pessoas que solicitaram empréstimos dentro da plataforma da fintech foram o público feminino, com idade média de 34 anos.
O gênero masculino predominava esse ranking desde 2010, agora passaram a ser 49,8% desse púbico, sendo 50,2% o público feminino. Os brasileiros têm precisado avaliar seus hábitos e definir suas prioridades na medida em que os orçamentos se desequilibram e as dívidas aumentam e o desemprego ainda bate na porta de muitas famílias brasileiras.
Nos últimos anos, em que a pandemia estava evidenciada, muitas mulheres acabaram optando por buscar formas de rendas extras, e optar por trabalhos informais ou empreendedorismo digital, pois precisavam de uma forma de buscar renda, pois as contas estavam chegando. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Comercio de bens, Serviços e Turismo, em janeiro 72% dos consumidores tinham contas a vencer, em julho já passou para 80%.
A realidade das mulheres estarem solicitando mais empréstimos, pode ocorrer em um conjunto de fatores, uma delas é a dificuldade de encontrar um emprego e se realocar no mercado de trabalho com carteira assinada, e a necessidade de complementar essa renda mensal são fatores que implicam nessa decisão de solicitar empréstimos.
Na solicitação de empréstimos elas tem visto uma saída mais rápida para conseguir dinheiro e quitar suas dívidas e sair do vermelho, ou usando esse dinheiro para abrir seu próprio negócio e gerar uma forma de renda mais permanente.
A plataforma de freelancers, Closeer, realizou uma pesquisa e nela aponta que cerca de 70% desses profissionais que realizam freelance são do gênero feminino, e 54%afirmam que o motivo de estar exercendo essa atividade é para aumentar a renda.
Solteiras ou casadas, as mulheres estão assumindo o papel de chef de família, e com isso acabam ficando cada vez mais com responsabilidade financeira do lar, e equilibram seu dia a dia com afazeres domésticos e obrigações de trabalho.
Segundo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o percentual em que os lares são chefiados por mulheres passou para 45% até 2018, onde em 1995 eram somente 25%. Estima-se que nesse período 10 milhões de mulheres assumiram o posto e 2,8 milhões de homens perderam essa posição por conta da crise econômica.
Segundo a CNC, com o percentual de 29% das famílias endividadas, só uma fonte de renda na família não é o suficiente para suprir necessidades básicas e financeiras.
Com isso, é possível entender o porquê de as mulheres buscarem por essas alternativas e ir em busca de créditos para conseguir realizar pagamentos pendentes.
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