Café pode aumentar o colesterol ruim? Tudo vai depender do jeito que você prepara
Bebida possui um componente, que, se ingerido em altas quantidades, pode prejudicar a saúde.
O café é uma paixão mundial. Por muitos anos, foi uma das mercadorias mais importantes no comércio global. Mesmo com o passar do tempo, continua a ser uma bebida apreciada por pessoas ao redor do planeta.
Contudo, poucos conhecem o cafestol, um componente presente no café que levanta discussões. O preparo do café não é apenas uma questão de gosto, mas também de saúde. Cada método pode alterar a presença do cafestol no café.
Guilherme Falcão Mendes, nutricionista da UnB, explica, em artigo originalmente postado no VivaBem, do UOL, que essa substância pode influenciar nos níveis de colesterol LDL, considerado o ‘ruim’.
Esse componente é mais comum em cafés não coados, como o expresso e o turco. Os coadores de papel, por outro lado, conseguem reter parte significativa do cafestol, reduzindo riscos à saúde. Assim, o método de preparo do café pode impactar diretamente na saúde cardiovascular.
O que é o cafestol?
O cafestol é um composto encontrado naturalmente nos grãos de café. Quando não é filtrado, pode aumentar o LDL no sangue, elevando o risco de doenças cardíacas.
Isso ocorre porque ele facilita a formação de placas nas artérias, assim como o colesterol ruim encontrado em frituras, por exemplo.
Imagem: Shutterstock
Métodos de preparo e suas implicações
Os métodos de preparo do café variam em termos de concentração de cafestol. Cafés turcos e preparados na prensa francesa, por exemplo, têm maiores quantidades dessa substância, já que não usam filtros.
Portanto, consumir produtos oriundos desse tipo de preparação requer cauteladevido ao potencial aumento do colesterol.
Em resumo:
- Café expresso: baixa quantidade de cafestol;
- Café turco: alta quantidade de cafestol;
- Prensa francesa: alta quantidade de cafestol;
- Café coado: baixa quantidade de cafestol.
Com cuidado, o consumo pode ser feito normalmente
Edmo Atique Gabriel, cardiologista ouvido pelo VivaBem, sugere limitar o consumo a quatro xícaras diárias de expresso. Para cafés originários do Mediterrâneo ou Oriente Médio, recomenda-se no máximo duas xícaras por dia, devido ao maior teor de cafestol.
Apesar das preocupações com o cafestol, especialistas destacam que o café continua sendo uma bebida benéfica, rica em antioxidantes e nutrientes. Não é necessário excluir o café da dieta, mas sim ajustar a forma de preparo para uma saúde equilibrada.
*Com informações VivaBem do UOL
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