Caso de ‘vaca louca’ é confirmado no interior do estado do Pará

Segundo a Adepará, a propriedade já foi isolada, inspecionada e interditada preventivamente.

Na última quarta-feira, 22, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou um caso de vaca louca no interior do estado. Ainda não foi especificado o município, no entanto, o que se sabe é que o caso ocorreu em uma pequena localidade no sudeste paraense, em uma propriedade com 160 cabeças de gado. Saiba mais lendo o conteúdo na íntegra.

Após identificação do caso, a propriedade foi isolada

A “vaca louca” é o nome popular dado à doença da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). Ela é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central dos bovinos, causando lesões no cérebro e levando a sintomas como tremores, descoordenação motora e alterações de comportamento.

Referente ao caso registrado no Pará, segundo a Adepará, a propriedade já foi isolada, inspecionada e interditada preventivamente.

Amostras foram enviadas a um laboratório no Canadá para verificar se a ocorrência se trata de um caso clássico, em que há transmissão de um animal para outro, ou atípico, em que a doença se desenvolve de forma espontânea na natureza.

O órgão informou ainda estar em contato permanente com o Ministério da Agricultura e Pecuária e que trata do tema com transparência e responsabilidade.

Entenda a doença

O EEB é causado por um agente infeccioso chamado príon, que é capaz de alterar a forma normal de proteínas e formar agregados tóxicos que causam danos ao tecido cerebral. A preocupação é principalmente com a possibilidade de transmissão da doença para humanos que consomem carne bovina contaminada.

No entanto, a morte em pasto aumenta as chances de que o suposto caso de vaca louca tenha se originado de forma “atípica”, espontaneamente na natureza, em vez de ser transmitido pela ingestão de ração animal contaminada.

Isso acaba reduzindo as chances de imposições de barreiras comerciais.

Os últimos casos de vaca louca registrados no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Até hoje, o Brasil não registrou casos de vaca louca provocados pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados.

Atualmente, a incidência da EEB é considerada muito baixa, mas ainda é uma preocupação para a indústria de alimentos e para a saúde pública em geral.

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